Em entrevista ao G1 Amapá, a diarista Paloma da Costa Santos, de 22 anos, contou ter que pegar ônibus quatro vezes por dia para poder trabalhar, no Centro da cidade. Ela diz que gastava quase R$ 14 por dia e o aumento no preço também será prejudicial para o orçamento da família.
“Com certeza esse novo valor vai me prejudicar e agora vou ter que trabalhar praticamente só para pagar passagem. Tenho que pegar dois ônibus na ida e na volta do trabalho, agora com esse novo preço vai ser muito ruim para o sustento de meus filhos”, reclamou Paloma.
O aumento foi autorizado pela Justiça do estado no dia 14 de julho. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap) informou que a tarifa social será de R$ 1,60, sendo cobrada aos domingos e feriados.
O universitário Angley Pantoja, de 20 anos, foi ao Centro de Macapá e pagou R$1,62, equivalente à meia passagem. Segundo ele, o reajuste também leva um impacto negativo para o orçamento da família. “O aumento prejudicou não somente eu, mas muitas pessoas que dependem de ônibus para trabalhar e resolver outras coisas. Esse valor é um absurdo se for analisar a qualidade do serviço, que é péssima”, disse Pantoja.
O aumento na tarifa foi mantido, segundo a decisão, até o julgamento do mérito. O magistrado acatou as alegações do Setap de que o atual valor da tarifa não é suficiente para manter a regularidade do serviço de transporte público na capital. A tarifa autorizada pela Justiça é menor do que a proposta pelo Setap, que era de R$ 3,40.