Subida no nível do rio Negro não indica fim da vazante, diz CPRM


Medição do rio Negro em Manaus. Foto: Clarissa Bacellar/Portal Amazônia

MANAUS – “Pode ser que a vazante do rio Negro, em Manaus, ainda não tenha chegado ao fim”, é o que diz o geólogo do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), André Santos. De acordo com ele, a recente subida do rio na capital amazonense não indica necessariamente que a descida das águas tenha cessado. Além disso, o comportamento do Negro em Manaus também depende do rio Solimões.Nesta quarta-feira (4), o nível do Negro chegou a 16,25 metros. Desde 29 de outubro, o rio Negro subiu 33 centímetros em Manaus. Neste mesmo período em 2014, ele apresentava elevação de 8 cm. No ano da pior vazante, o Negro subiu 37 centímetros neste intervalo.

“O que estamos vendo em Manaus é efeito do repiquete a rio acima do seu curso, em São Gabriel da Cachoeira”, acrescenta.

Repiquete é o nome dado ao fenômeno de subida e descida repentina das águas nos rios amazônicos.

“O rio ainda vai voltar a baixar em São Gabriel da Cachoeira, pois a vazante lá é entre janeiro e fevereiro”, explica o geólogo. Manaus está a jusante, ou numa parte mais baixa do rio Negro, por isso a vazante começa em período diferente.

O rio Solimões, que também está subindo, é outro fator que influencia o nível do rio em Manaus. A vazante neste rio termina entre outubro e novembro. “O Negro está dando sinais de repiquete, mas no caso do Solimões, tudo indica que a vazante já chegou ao fim e que ele está subindo”, acrescenta. “Neste caso, pode ser que a vazante em Manaus já tenha chegado ao fim e o nível do rio não desça mais, apenas suba”, conclui.
Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Beco Catarina Mina: ponto turístico em São Luís marca história de ex-escrava

O beco é um dos pontos mais procurados pelos turistas, pois atualmente conta com lojas de artesanato, bares e restaurantes além de museu.

Leia também

Publicidade