Senador Eduardo Braga comenta prioridades para o Estado em 2017

O turismo sustentável é apontado como uma das vocações da Amazônia. Inspirado nessa premissa, o senador do Amazonas Eduardo Braga (PMDB) avalia que a modalidade de turismo deveria ser estendida às terras indígenas. Na opinião do parlamentar, a atividade pode ser uma alternativa de renda viável para as comunidades.

“Vou tocar numa área polêmica agora: por que não permitir que se faça turismo sustentável em terras indígenas? Por que os índios não podem trabalhar com biojóias? Dessa forma, as comunidades podem ter emprego e renda. Sempre participei de movimentos pela legalização das terras indígenas, a nossa luta não era para que os índios fossem apenas dono do espaço, mas sim para desenvolver neles o espirito da sustentabilidade”, contou Braga.

Foto: Pedro França /Agência Senado

A declaração foi feita na manhã desta quinta-feira (22), quando o senador visitou a sede do grupo Rede Amazônica. O político esteve com o presidente do grupo Phelippe Daou Jr., e com a diretora de finanças Cláudia Daou Paixão, que estão à frente da empresa após a morte do jornalista Phelippe Daou, fundador da Rede Amazônica. Durante o encontro, Braga também falou sobre assuntos que estão em alta no Brasil, como o seguro defeso, reforma da previdência, e destacou as prioridades para o Amazonas em 2017.

Na opinião dele, a crise econômica que assola o Brasil é o momento ideal para implantar novas alternativas econômicas. Braga disse ainda que medidas criativas podem ser saídas para aquecer a economia e ajudar o País a superar o momento difícil.

Orçamento

Após o falecido senador Gilberto Mestrinho, Eduardo Braga é o segundo representante do Amazonas no Senado a ser relator do Orçamento da União, que foi votado na Comissão Mista do Orçamento (CMO), na última semana.  

Com a atuação, ele acredita que os investimentos auxiliarão Estado em duas áreas: saúde e educação.”Teremos recursos para melhorar a saúde no Amazonas, tanto as ações básicas, quanto de alta complexidade. Poderemos investir também na educação, principalmente na questão da infraestrutura básica e transporte escolar. Graças a condição de estar na relatoria geral do orçamento, conseguirmos liberar esse recurso de R$ 150 milhões para a Suframa que, com a prefeitura de Manaus, recuperará as ruas  do Polo Industrial de Manaus”, disse.

De acordo com o senador, essa foi a primeira grande peça do ajuste fiscal do governo de Michel Temer. “Todos nós estamos vendo que essa crise econômica não passa em boa parte por causa de um grande desajuste fiscal, ou seja, gastaram mais do que podiam. Então, ‘tetamos’ os gastos públicos pela primeira vez nesse orçamento. Acho que o principal foi fazer essa lista com o grande realismo orçamentário, e a nossa expectativa é que o Brasil consiga retomar a confiança do investidor, dessa maneira possamos voltar a gerar empregos”, afirmou.

Dentre as prioridades para o Amazonas em 2017, Braga considera a infraestrutura urbana da cidade importante. “As pessoas moram mais na cidade do que em outros lugares, ninguém mora no Estado ou na União. É primordial resolver problemas como o asfaltamento dos bairros, a drenagem de esgoto, e acelerar projetos como o Prosamim. Devemos também fazer investimentos no Centro de Manaus, um dos principais pontos de visita dos turistas. A prefeitura de Manaus atualmente estuda mecanismos para melhorar a mobilidade urbana”, contou o senador.

Reformas

O senador também falou sobre a polêmica reforma da previdência que estabelece que altera o tempo de contribuição e a idade mínima para aposentadoria. “Acho que é completamente necessária, sob pena de que os mais jovens não terão previdência no futuro. Acho que encaminharam um texto duro e difícil, mesmo sabendo que não seria aprovado daquele jeito, mas dando espaço para a negociação com o Congresso Nacional. Acho que além dessa mudança na previdência, nós teremos que enfrentar uma reforma tributária, que diminua a carga de imposto sobre o trabalhador e aumente para bancos, ativos financeiros, entre outros”, avaliou.

Nesta semana, os pescadores começaram a receber o Seguro Defeso, benefício no valor de um salário mínimo entregue pelo governo federal durante o período de reprodução de algumas espécies de peixes. Braga destacou que essa foi outra luta em 2016. “Mais de 50 mil pescadores começaram a receber novamente o seguro defeso, começou inclusive pelo Amazonas. Um dado curioso é que a categoria dos pescadores é igual ou maior do que o número de trabalhadores do Distrito Industrial. Portanto, reconhecer o pagamento do defeso é reconhecer que um polo desse tamanho não pode deixar de receber essa ajuda”, comentou.

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