Sem remédios na Venezuela, vítima de acidente é transferida para Roraima

Foto:Reprodução/Rede Amazônica

A brasileira Edielcis Nahirobis Giron Soares, de 32 anos, chegou na noite desta terça-feira (24) a Boa Vista. De acordo com reportagem publicada no G1 Roraima, ela foi vítima de um acidente de carro na Venezuela e estava internada em um hospital venezuelano. A transferência para o Brasil foi necessária em razão da falta de remédios e de alimentação no país vizinho.Com múltiplas fraturas e suspeita de traumatismo craniano, Edielcis estava internada no Hospital Dr Raul Leoni Otero, que fica em San Félix, no estado de Bolívar.O traslado durou 60 horas e foi feito por vias aérea e terrestre. Ao G1, a tia de Edielcis, a brasileira Ângela Araújo, contou que o acidente aconteceu na noite do dia 19 de outubro em Puerto Ordaz. Um familiar da vítima, que é venezuelano, morreu no acidente.“Nesse hospital [onde a brasileira foi internada] não havia remédios como antibióticos e nem soro para alimentá-la em razão da crise que o país enfrenta”, contou a tia da paciente, acrescentando que a brasileira só se alimentou porque parentes compram comida para ela. “Só tomava suco”.Com medo de um possível agravamento no estado de saúde da brasileira, familiares acionaram o governo de Roraima, que destacou uma equipe pra fazer o resgate. No mês de agosto, uma ação semelhante já havia resgatado outra brasileira acidentada no país caribenho.“Eu acredito que se ela continuasse na Venezuela, ela ia morrer, porque há pessoas no país esperando para fazer cirurgia há dois ou três meses. A culpa não é dos médicos e nem dos profissionais do hospital, mas sim da situação do país, que é muito crítica”, finalizou a tia da brasileira.Já em Boa Vista,  Edielcis foi internada no Hospital Geral de Roraima onde deve ser submetida a cirurgia.

Crise de abastecimentoDesde 2013, a Venezuela passa por uma grave crise política e econômica e mais recentemente passou enfrentar escassez de comida e de medicamentos. Por causa disso, os hospitais do país estão em condições precárias. Eles têm instalações deterioradas, equipamentos danificados e banheiros “contaminados”.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Farinha de cooperativa registrada no Pará amplia mercado para itens regionais

Recentemente, a ADEPARÁ renovou o Selo de Inspeção Artesanal para a produção de farinha de mandioca e goma de tapioca da cooperativa e incluiu o registro para mais um produto, a macaxeira a vácuo.

Leia também

Publicidade