Saúde, segurança e emprego são focos de campanha de Marcelo Serafim

Foto: Adriane Oliveira/Assessoria

Candidato ao Governo do Amazonas na eleição suplementar de agosto, Marcelo Serafim (PSB) reafirmou em entrevista à CBN Amazônia na manhã desta segunda-feira (17) que seu foco é construir um plano de governo que possibilite uma transição eficiente. Segundo o candidato, há a convicção “de que a velha política será derrotada pela nova política”.

Para ele, em 14 meses – período que o novo governador terá para concluir a gestão – é possível mostrar que mudanças podem ser feitas. “Esse discurso de que não dá para fazer muitas coisa é um discurso cansado, de pessoas que não tem novas propostas. Quatorze meses são suficientes para mudarmos a dinâmica administrativa do Estado e resolver problemas que eles, ao longo de três décadas, não conseguiram resolver”, defendeu.

Propostas

Os principais pontos do plano de governo de Marcelo Serafim são a mudança na segurança pública, na saúde e na geração de emprego. “Nós entendemos que esses três eixos são os que hoje mais angustiam o povo amazonense. Você chega em um hospital na cidade de Manaus e não consegue fazer um exame de alta complexidade porque a ressonância está quebrada. Esse tipo de problema é gestão pura e isso precisa ser resolvido”, afirmou.

Sobre a segurança pública, Serafim é taxativo: “iremos atacar de forma muito frontal o crime organizado”. Segundo o candidato é possível permitir que o tráfico de drogas continue passando pelas fronteiras do Estado e “atribua toda a responsabilidade apenas ao governo federal”.

Para isso, alega, o programa ‘Polícia na rua’ será criado para “trazer de volta a força do Estado”. Além disso, há a intenção da criação de uma unidade do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). “Precisamos ter uma força policial muito mais bem equipada do que a que temos hoje, com uma integração de recursos estaduais e federais. A polícia tem que ser mais forte e o Estado estar mais preparado para enfrentar o crime organizado”, defendeu.

Já para a geração de empregos, Marcelo Serafim informou que o esforço será no setor primário, para desenvolver renda no interior do Estado: “Além disso, vamos trabalhar fortemente no turismo dentro da capital e nos principais municípios que tenham vocação turística como natural. Fazendo isso e trabalhando em parceria com as empresas tanto do Polo Industrial de Manaus quanto o comércio, nós vamos gerar mais empregos para podermos diminuir esse impacto tão negativo de 260 mil desempregados no nosso Estado”.

UEA

No caso da proposta de autonomia financeira da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Serafim informou que para a educação “espera” que a legislação sofra mudança ainda no mandato de David Almeida. “Dentro da educação nós vamos dar toda a autonomia financeira e administrativa para a UEA, mas obviamente vamos trabalhar junto com a UEA para ela desenvolva no interior do Estado, pesquisas através da Fapeam, que possam mudar a realidade no interior”, assegurou.

O candidato também defende o envio de verba ao invés de comida para escolas do interior, priorizando o tempo de distribuição e evitando desvios, e o investimento em cursos universitários voltados às características de cada município, como engenharia de pesca e engenharia florestal.

A eleição suplementar para o governo do Amazonas acontece dia 6 de agosto e 27 do mesmo mês em caso de segundo turno. Concorrem também: Eduardo Braga (PMDB); Wilker Barreto (PHS); Luiz Castro (Rede); Rebecca Garcia (PP); Liliane Araújo (PPS); Jardel (PPL); José Ricardo (PT); e Amazonino Mendes (PDT). As entrevistas com os candidatos seguem até 27 de julho na CBN Amazônia e Portal Amazônia. 

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Amazônia onde a violência campeia sem controle

Conflitos gerados por invasões de terras configuram hoje o principal eixo estruturante da violência na Amazônia Legal, segundo conclui o estudo Cartografia das Violências na Amazônia.

Leia também

Publicidade