Roraima quer criar gabinete para imigrantes da Venezuela

Com o endurecimento da crise econômica e política na Venezuela, a Região Norte do Brasil está recebendo cada vez mais venezuelanos em busca de melhores condições de vida. A situação é mais delicada em Roraima, onde nos últimos seis meses, estima-se que mais de 30 mil venezuelanos tenham atravessado a fronteira. Por isso, o governo do estado quer abrir um “gabinete emergencial” para conseguir controlar o fluxo desses imigrantes no País.

Segundo o jornal “Estadão”, o gabinete teria representantes de várias secretarias do governo e seria coordenado pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros. No entanto, o projeto pode enfrentar problemas para sair do papel. O maior deles, de acordo com a publicação, é que o estado de Roraima atrasou os salários de servidores públicos e agora quer solucionar e agora apela ao parcelamento dos pagamentos. A medida pode atrasar a concretização da proposta.

Imigrantes

Vítimas de uma inflação galopante, de uma grave crise produtiva e de uma gigantesca escassez de produtos básicos e de primeira necessidade como alimentos, materiais de limpeza e remédios nos supermercados e farmácias do país, muitos venezuelanos veem no Brasil a melhor – quando não a única – solução para comprar as mercadorias ou – em situações mais graves – começar uma nova vida.

Desde o começo da crise, centenas de venezuelanos enfrentam rotas longas e cansativas para chegar à fronteira com a Roraima. De lá, a maioria se dirige à cidade de Pacaraima, onde consegue comprar itens de primeira necessidade.

Mesmo com preços altos, os migrantes dizem que o município é o melhor lugar para isso. Pacaraima também é a cidade onde os venezuelanos buscam o seu primeiro abrigo no Brasil. No entanto, os destinos ideiais para os imigrantes costumam ser Boa Vista, Manaus e às vezes até São Paulo.

*Com informações da Agência Ansa

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