De 16 a 28 de dezembro o rio Negro subiu, em Manaus (AM), 1,44 metro (m). De acordo com o Serviço Geológico do Brasil em Manaus (CPRM), o manancial já está em período de cheia sob influencia da calha do rio Solimões. Desde então, a média de avanço das águas tem sido de 12 centímetros por dia. Segundo o órgão, o nível do rio deve subir ainda mais rápido nas próximas semanas.
“A subida do nível do rio Negro acontece quando o rio Solimões está mais cheio, e represa o Negro. Chuvas oriundas da Cordilheira dos Andes, no Peru, aumentaram o nível do Solimões represando a chuva que tem caído frequentemente em Manaus”, explica o superintendente do CPRM, Marco Antônio Oliveira.
De acordo com 48º Boletim Hidrológico do órgão, as estações monitoradas na bacia do Negro, desde o município de São Gabriel da Cachoeira até Barcelos, ainda estão em processo de vazante. Assim como a bacia do Branco, afluente do Negro, que apresenta níveis abaixo da média para época. Mesmo assim, por causa das chuvas nas cabeceiras do Solimões, o rio subiu em Manaus.
Entre a segunda quinzena de outubro e a primeira quinzena de dezembro, o Negro passou um período de instabilidade devido ao repiquete. De 20 a 31 de outubro, o rio subiu 12 centímetros; em 1º e 2 de novembro, subiu quatro centímetros para, após um período de estabilidade, vazar 1,12 m de 6 de novembro a 13 de dezembro.
Outras bacias
O CPRM monitora os rios da bacia amazônica na Amazônia Ocidental durante todo o ano. Segundo o boletim divulgado no último dia 24 de dezembro, o nível do rio Solimões começou a subir nas estações monitoradas. As bacias do Purus, onde estão os rios Acre e Purus, e do rio Madeira, em Humaitá (AM), estão em processo de enchente com cotas abaixo das médias para época. Já o rio Amazonas, em Parintins (AM), já subiu 33 centímetros desde o último 12.