No município acreano de Cruzeiro do Sul, o nível do rio apresentou a marca de 12,22 metros (m) nesta segunda-feira, (9). Isso significa que a cota de alerta, que é de 11,80 m, foi ultrapassada. A medição é realizada diariamente pelo Corpo de Bombeiros, que segue monitorando a situação.
As famílias que residem em áreas alagadiças só são atingidas e removidas do local quando o manancial atinge a sua cota de transbordamento, que é de 13 m. Defesa Civil do Acre vai realizar visitas aos bairros atingidos pelas águas do Juruá.
“Faremos a primeira visita nos bairros afetados para verificar a situação dos moradores. Se o rio continuar subindo, nesta semana teremos que remover famílias das áreas alagadas”, explicou o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Marcelo Araújo.
De acordo com o Plano de Contingência de Cruzeiro do Sul, em caso de alagação do Rio Juruá as primeiras 30 famílias afetadas sairão de suas residências e passarão a receber o benefício do aluguel social.
“Neste momento, estamos orientando as prefeituras da calha do Juruá, quanto situação climatológica nessa região. As cidades devem ainda, apresentar o plano de contingência, que compreende o levantamento de pessoas que podem ser afetadas e possíveis danos, uma vez que o executivo municipal é o responsável pela primeira resposta ao desastre”, informou o secretário-executivo do órgão, coronel Fernando Pires Júnior.
Previsões
As previsões meteorológicas para a região, conforme o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), apresentam chuvas acima do padrão climatológico para o período nesta calha. Segundo o Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), devido às características físicas do rio naquela região, que apresenta leito estreito, o aumento de chuvas, pode, ocasionalmente provocar enxurradas bruscas. O centro informa ainda que, no ciclo natural de enchente no Amazonas, a região do Juruá é sempre a primeira afetada. As demais calhas seguem dentro da normalidade.