De acordo com o titular da Defensoria Especializada em Atendimentos de Interesses Coletivos (DEAIC), Carlos Almeida Filho, para esclarecer dúvidas o órgão fará reuniões com os moradores dos locais. “Projetos que deveriam facilitar a vida dos amazonenses estão se tornando um obstáculo. Por causa disso faremos uma reunião para auxiliar cada uma dessas pessoas. O que está acontecendo é inaceitável”, disse ao Portal Amazônia.
Para esclarecer as dúvidas das pessoas afetadas pelos problemas, a defensoria realiza neste sábado (18) uma visita aos moradores da comunidade São Sebastião. A reunião acontecerá no estacionamento da Igreja Santa Cataria de Sena, localizada na Rua Álvaro Bandeira de Melo, 155, bairro Petrópolis, zona Sul de Manaus. O objetivo é responder os questionamentos dos populares referentes à remoção da área e o pagamento das indenizações.
Além dos comunitários de São Sebastião, as famílias que moram nos igarapés do Bindá, Sesc e Sharp, também estão ameaçadas por conta dos procedimentos do Estado. “Apesar da defensoria ter judicializado a questão, o Estado continua removendo as famílias por um valor muito abaixo do combinado. A reunião serve para qualquer pessoa que se sentia prejudicado por causa disso. Nossa missão é esclarecer qualquer tipo de dúvida”, informou o defensor.
Ação
Nesta quinta-feira (16) a Deaic entrou com uma ação contra o Estado do Amazonas, a Secretaria Estadual de Habitação do Estado do Amazonas (Suhab), a Caixa Econômica Federal e a União, por causa da falta de infraestrutura nos residenciais Viver Melhor I e II. O valor da indenização é de R$ $ 133.425.000,00 por danos sociais aos moradores. A ação foi protocolada na Justiça Federal. “Esses órgãos se uniram para a construção do maior conjunto habitacional do Brasil, onde moram mais de 150 mil pessoas. Depois que os prédios foram construídos, problemas aconteceram porque não foram entregues os equipamentos públicos e comunitários necessários”, afirmou.
Segundo Filho, os residenciais não possuem creches, escolas, postos de saúde, comércios ou segurança. “Fizemos audiências públicas, perícias e chamamos o Estado para tentar encontrar uma solução, mas nenhum dos nossos pedidos foram atendidos. E dado a ausência de resposta, não havia outra escolha senão colocar reparação e uma série de medidas corretivas”, revelou o defensor.