Presídio é inaugurado em Rondônia após sete anos de atraso

Depois de nove anos de obras, com diversas paralisações na construção, a 1ª etapa do Centro de Ressocialização de Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, foi entregue na tarde desta quinta-feira (27). O novo espaço prisional tem capacidade para receber até 230 apenados e custou R$ 10 milhões, dobro do previsto, segundo a assessoria da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).

Segundo informações do G1 Ariquemes e Vale do Jamari, a construção da unidade prisional começou em 2008 e deveria ter sido entregue em 2010. A construção está localizada na Linha C-75, a aproximadamente 15 quilômetros do perímetro urbano de Ariquemes. São mais de 4 mil metros quadrados de área construída.

Foto: Diêgo Holanda/Rede Amazônica
Foram entregues 24 celas, com capacidade para oito presos cada, salas de triagem, isolamento, área de convivência, visitas íntimas e atendimento jurídico e psicológico.

O secretário de Justiça de Rondônia, Marcos Rocha, destacou a necessidade de não apenas prender, mas também estimular que o preso abandone o crime. “Nós estamos buscando fazer com que os agentes penitenciários tenham um bom local de trabalho e, além disso, poder garantir a ressocialização, que as pessoas que queiram ser recuperadas, possam ser úteis a sociedade”, explica.

Lioberto Caetano, secretário de Segurança do Estado, destacou que o novo presídio é importante para diminuir o déficit de vagas no sistema, mas que precisa da ajuda do Governo Federal no controle de presos de maior periculosidade. “Nós estamos num momento em que se discute segurança pública do ponto de vista mais sistêmico, mais abrangente, então toda vez que você consegue construir uma cadeia nova, vai no ajudar no conceito de segurança pública”, aponta.

Segunda etapa

Ainda de acordo com a Sejus, a outra etapa da obra deve começar em 2017, com previsão de criar mais 576 vagas no sistema prisional.

A data em que os presos que estão na atual Casa de Detenção de Ariquemes serão transferidos para o novo completo não foi informada, segundo o secretário, por questões de segurança.

Atrasos

A secretaria justificou em nota que os atrasos foram causados por dificuldades financeiras das empresas em tocarem “obras neste porte”. Além de burocracia, a atualização da planilha e novas licitações que ajudaram a atrasar a obra e encarecer o projeto.

Em 2012, uma empresa abandonou a obra alegando falta e recursos. Meses depois uma outra empresa assumiu a construção, mas, em seguida, pediu rescisão contratual. Em 2014 as obras recomeçaram, mas foram paralisadas novamente. No início de 2015, vários objetos do prédio foram saqueados e a obra mais uma vez começou e parou. Por fim, em 2016 as obras foram retomadas mais uma vez.

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