De acordo com Vilaça, o município fiscalizava a utilização das bacias construídas por ele antes do mandato e não aprovou obras de ampliação supostamente realizadas pela mineradora no local. Em seu depoimento, o prefeito ainda se manifestou sobre a assistência à população logo após o transbordamento das bacias da empresa Hydro Alunorte, em fevereiro deste ano.
Segundo ele, as águas do igarapé estavam com a coloração branca e os poços de água potável tiveram que ser interditados. O município providenciou atendimento médico para os moradores e água potável.
Além do prefeito de Barcarena, a CPI ouviu nesta segunda-feira (21) Petronilo Progênio Alves, Presidente do Grupo de Trabalho das Comunidades de Barcarena, e Valter dos Santos Freitas, Presidente da Associação da Comunidade Quilombola Gibriê Lourenço.
As lideranças comunitárias criticaram o polo industrial e acusaram a empresas de danos ambientas, bem como falta de políticas de responsabilidade social e trabalho para os moradores da região.
Na semana passada, dois diretores nacionais da empresa Hydro Alunorte prestaram depoimentos na CPI. Eles defenderam que não houve transbordamento das bacias e nem vazamento de rejeitos após a intensa chuva de fevereiro.
Deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito consideram que algumas informações sobre os testes no solo e na água foram sonegadas pela Hydro Alunorte e cogitam pedir quebra de sigilo das correspondências eletrônicas entre os diretores. Nesta terça-feira, a CPI fará novas oitivas, mas os nomes dos depoentes ainda não foram divulgados.
A Alunorte informou que está colaborando com os parlamentares da CPI da Assembleia Legislativa do Pará e se mantém disponível para todos os esclarecimentos junto aos órgãos governamentais.