Uma balsa com insumos e equipamentos saída de Manaus, no Amazonas, com passagem por Cruzeiro do Sul, está chegando em Marechal Thaumaturgo. Neste domingo (2) algumas máquinas já começaram a descer no novo porto do município. Há dois anos, Marechal recebe técnicos e trabalhadores que montaram e estão executando o projeto do Programa de Saneamento Ambiental e Inclusão Socioeconômica do Acre (Proser). O programa é do governo do Estado, com financiamento de R$ 24 milhões em parceria com o Banco Mundial.
A operação para aportar as balsas no porto de Marechal Thaumaturgo fez do domingo um dia atípico na cidade, deixando-a movimentada. Aos poucos aglomeravam-se crianças, mulheres e homens. Os olhares eram de curiosidade. “Minha mulher estava ligando pedindo pra eu ir em casa. Bem capaz que vou perder isso. Não é todo dia que a gente vê uma coisa dessas acontecendo aqui. Eu sei da dificuldade que é navegar nesse rio porque nasci e me criei aqui. Esse rio, quando seca, até bajola tem dificuldade de passar”, disse Euclécio Castelo, 36 anos.
Transformação
Na confluência entre os rios Juruá e Amônia, Marechal Thaumaturgo é uma das quatro cidades acreanas que vivem ‘ilhadas’ em meio a Floresta Amazônica, sem acesso por via terrestre. Seus mais de 16 mil habitantes enfrentam o desafio de construir uma comunidade florestal e urbana, perpassando os diversos percalços que o terreno possibilita.
Na parte rural, a produção de feijão, tabaco e farinha segue firme. Enquanto isso, a zona urbana está passando por uma transformação, ganhando saneamento básico, ruas pavimentadas e outros benefícios necessários para uma cidade bem habitada.
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