Museu do Crime abriga fotos e itens sobre fatos que chocaram a população, em Manaus

Museu do Crime reúne informações e artefatos que contam atos criminosos com detalhes, alguns até macabros.
 
Crimes acontecem em todo o mundo, a todo instante, isso já sabemos. Mas existem aqueles que se destacam e causam comoção nas pessoas, situações cruéis que figuram os programas policiais, as páginas dos jornais e que estiveram – e estão até hoje – na boca do povo. O Portal Amazônia visitou o Museu do Crime, que fica no Palácio da Justiça, em Manaus, e que expõe em peças, livros, fotos e outros itens da história de famosos assassinatos da cidade e do país.

Com quase cinco anos de existência e tendo sua primeira sede o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) até 2015, o Museu do Crime reúne informações e artefatos que contam atos criminosos com detalhes, alguns até macabros. A exposição “Do Crime ao Castigo” transmite em seus cinco ambientes as mais diversas sensações na imersão à atmosfera penal.

A exposição se divide assim:

Painel “Entre o Direito e a Justiça”: expositor com texto introdutório e informativo aos visitantes sobre a importância das ciências forenses na investigação criminal;
 

Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia 

“Sala dos Crimes”: com peças usadas em crimes reais e doadas pela polícia, traz veracidade ao que é contado. Desde máscaras de personagens famosos a vários tipos de revólveres, é possível imaginar os homicídios que se popularizaram. Uma motosserra também é exposta em uma das vitrines, mas calma! Nada de crime à la “O Massacre da Serra Elétrica”, a peça faz alusão aos crimes ambientais.
 

Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia 

Uma replicadora de DVDs e um caça-níqueis também elucidam outros tipos de infrações, que não abrangem somente assassinatos, mas também pirataria e jogos de azar. Outro destaque é para a extensa galeria de fotos e o livro sobre o crime dito por muitos como o mais macabro ocorrido em Manaus: o “caso Delmo”, que foi um estudante cuja morte foi idealizada e executada por 54 pessoas.
 

Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia 

“Tribunal do Júri”: estando em atividade até o ano de 2006, esta parte do museu sediou inúmeros julgamentos em Manaus, inclusive do famoso “caso Delmo Campelo Pereira”, na década de 50. Com o auxílio de um painel explicativo, o turista pode saber as distribuições dos lugares na sala com realismo.
 

Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia 

“Sala Secreta”: espaço onde jurados decidiam sozinhos acerca dos casos, além de um expositor com famosos crimes no planeta: Joana D’arc, Galileu, Mensalão, entre outros, e um painel com a versão resumida do Código Penal Brasileiro.

“Sala das Penas e Crimes”: área em que são expostos delitos que chocaram a Amazônia, o Brasil e o mundo. Desde a crucificação, assassinatos de Chico Mendes, Daniela Perez e Isabela Nardoni são mostrados em pratos vermelhos suspensos em uma pequena cela, simbolismo que remete diretamente à vida de encarceramento. Curiosamente, um prato “em branco” permanece pendurado no meio da cela, em referência à probabilidade de futuros crimes que poderão acontecer.
 

Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia 

Visitação

O Museu do Crime, que está sob a curadoria da museóloga Vera Ferreira, ainda é pouco conhecido entre os moradores e turistas que passam por Manaus. Um importante espaço cultural e educativo da cidade, a exposição (que é permanente) desperta a atenção de curiosos e estudiosos do assunto, vale a pena visitar.
 
O Museu funciona no Palácio da Justiça, situado na avenida Eduardo Ribeiro, próximo ao Teatro Amazonas, no Centro. A entrada é gratuita. De terça a sábado de 13h às 17h e domingos de 11h às 15h. Para mais informações, segue o telefone para contato: (92) 3248-1844.´Portal Amazônia fez um tour no ‘Museu do Crime’; confira:

 
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