PrevisãoO governador do Amazonas, José Melo, adiantou que a previsão é que o estado tenha uma grande cheia em 2017. “As informações que nós temos da meteorologia é que continua chovendo muito na Amazônia peruana e na Amazônia colombiana. Essas águas todas virão para a calha do Solimões, que já está em alerta vermelho. Isso significa dizer que vai entrar em situação emergência. O Solimões vem como uma cadeia, como se fosse uma onda, e influencia também no Purus, no Madeira, no Içá e no Rio Negro. O indicativo que a gente tem é que haverá uma grande cheia este ano, não só no Juruá, mas nos outros rios também”, ressaltou Melo.Na próxima sexta-feira (31), o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) vai divulgar o primeiro boletim com a previsão oficial da cheia de 2017.Atualmente, mais três municípios do leito do Juruá e sete do Solimões estão em situação de alerta. Mais sete municípios do Baixo Amazonas estão em situação de atenção para enchente.
Municípios em situação de emergência no AM receberão ajuda humanitária
Uma megaoperação envolvendo os governos federal, estadual e municipal vai levar cerca de 500 toneladas em ajuda humanitária aos municípios amazonenses de Itamarati, Guajará, Ipixuna e Eirunepé, que estão em situação de emergência devido à cheia do Rio Juruá.Quase 6 mil famílias foram afetadas pela enchente e vão receber mais de 360 mil kits de mantimentos, de limpeza e higiene, colchões, fraldas descartáveis infantis e geriátrica, galões de água, entre outros produtos. O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, esteve no Amazonas nesta terça-feira (28) para anunciar o apoio à população.“O governo federal está aqui aliado ao governo do estado e às prefeituras dos municípios atingidos pela enchente do Juruá no sentido de se solidarizar e garantir a minimização do sofrimento daqueles que estão atingidos pelas enchentes dos rios dessa região no nosso país”, disse.”Um montante de mais de R$ 9 milhões investidos pelo governo federal estão sendo entregues para a Defesa Civil do estado para que, a partir de hoje, com a saída dessas balsas, possam o mais rápido chegar até os municípios atingidos”, completou Barbalho.
A Fundação de Vigilância Sanitária (FVS) também participa da operação e disponibilizou 10 mil unidades de hipoclorito de sódio para purificação da água, além de microscópios, termonebulizadores e pulverizadores de inseticidas para combate a endemias.De acordo com o secretário-executivo da Defesa Civil do Amazonas, coronel Fernando Pires Júnior, a ajuda humanitária foi antecipada pelo estado para atender as famílias da calha do Juruá. E já existe um planejamento para as outras calhas, caso a situação se agrave.“Há um plano de contingência. O governo do estado, preocupado com a situação dos nossos ribeirinhos, já contingenciou cerca 6,4 mil toneladas de ajuda humanitária. A Defesa Civil do estado já está com os planos elaborados para que cada calha que for enchendo e transbordando nós possamos atender rapidamente e preventivamente também para que a gente possa colocar na normalidade social a população ribeirinha atingida pela cheia de 2017”, explicou o coronel.
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