Por telefone, o presidente do sindicato dos rodoviários de Manaus, Givancir Oliveira, informou que a decisão de parar os ônibus partiu dos próprios motoristas.
Com a paralisação dos ônibus, os passageiros precisam descer dos veículos e seguir o restante do trajeto a pé, como foi o caso de dona Rita, de 62 anos, que vinha do Parque São Pedro, zona Oeste, e pretendia chegar a área portuária da cidade. “O protesto é uma humilhação para o povo, pois a gente depende da condução, e agora eu tive que descer aqui na Constantino e vou ter de ir a pé até lá no Centro, mesmo eu sendo doente das pernas”, disse.
O vendedor Valdo Souza, também precisou ir andando até o Centro, e já estava atrasado para o trabalho.”É horrível né cara, todo mundo prejudicado, eu venho da zona lesta e preciso chegar ao trabalho”, disse.
Segundo o sistema de monitoramento do Google, o engarramento na avenida Constantino Nery, sentido centro já ultrapassa os 3 quilômetros, além da lentidão em vias paralelas. O Manaustrans informou que agentes realizam desvio na Avenida Constantino Nery (bairro/centro), para a Avenida Kako Caminha. Quem precisam ir ao centro comercial deve evitar as avenidas Djalma Batista e Leonardo Malcher.
Greve
A greve dos rodoviários está no quarto dia, e as rodadas de negociações só terminam em impasses. O sindicato entrou em greve pedindo 10% de reajuste, na terça-feira (29), já nesta sexta-feira (1) baixaram o pedido de reajuste. “Nós rodoviários decidimos negocias com o Sinetram, um reajuste de 3%, mas mesmo assim o empresários continuam oferendo apenas 1%”, disse.