A governadora do Acre em exercício Nazareth Araújo realizou nesta quarta-feira (11), reunião com membros da Defesa Civil e dos setores ambientais e de assistência social do Estado para discutir o monitoramento da cheia dos rios no estado. Com o período de chuvas, as maiores preocupações com possíveis alagações são em Tarauacá, Cruzeiro do Sul e toda a Bacia do Rio Acre.
A questão fica mais delicada no momento, já que muitos municípios – em início de gestão – ainda não indicaram os chefes de sua Defesa Civil, procedimento necessário para a elaboração dos planos de contingência junto ao governo do Estado.
“Este é um momento que nós fazemos todo início de ano. As previsões para o mês de janeiro são de que não haja alagações, mas já começamos a gestão de risco no âmbito do Estado, a fim de estabelecer o planejamento para que possamos nos antecipar a qualquer tipo de ocorrência nos outros meses”, disse a governadora.
Monitoramento e medidas
Segundo a diretora técnica do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Vera Reis, o volume de chuvas deve ficar acima da média no primeiro trimestre de 2017, ocasionando a cheia dos rios, mas nada próximo da alagação histórica de 2015.
“Mesmo com a chuva acima da média, não temos o estabelecimento do El Niño e La Niña. Então nós estamos num período de neutralidade. Isso dificulta um pouco nossas previsões no sentido de que não temos como dizer se os rios vão chegar a faixas críticas, mas acreditamos que podemos ter alguma inundação pelo fim do trimestre”, ressalta.
O chefe da Defesa Civil Estadual, coronel Batista, relata o esforço junto aos municípios neste primeiro momento. “Estamos entrando em contato com os municípios para que eles indiquem seus coordenadores municipais, para que possamos elaborar os planos de contingência, caso haja alagação nesses municípios. Temos que nos preparar porque o primeiro trabalho é das prefeituras.”
O prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, já marcou o lançamento do plano de contingência para esta sexta-feira (13). A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds) também está preparando a aquisição de três mil cestas básicas e mil colchões para o caso de haver desabrigados pelas cheias.