Um dos objetivos da medida é desafogar a situação nas cidades de Roraima, que atualmente concentram dezenas de milhares de venezuelanos. Com isso, espera-se garantir melhores condições aos imigrantes, boa parte com alta escolaridade e chances de colocação no mercado de trabalho.
Do total, 350 vão para a cidade de São Paulo, 100 para Cuiabá, 70 para Manaus e 30 para Campinas (SP). A escolha das cidades foi feita a partir do diálogo entre o governo federal e prefeituras, que se disponibilizaram a recebê-los. Segundo a Casa Civil da Presidência da República, a capital paulista aceitou a ida de um contingente maior pela experiência desenvolvida com o acolhimento de haitianos.
A seleção dos venezuelanos foi feita por representantes do escritório brasileiro da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). O primeiro critério de corte é a identificação daqueles que têm vontade de se estabelecer no país. De acordo com a Casa Civil, foram mesclados diferentes perfis. Entre os que irão para São Paulo, por exemplo, há famílias e jovens solteiros.
Os traslados serão custeados pelo governo federal. As transferências para São Paulo, Cuiabá e Campinas serão realizadas por meio de aeronaves da Força Aérea Brasileira. Já aqueles selecionados para ir a Manaus farão o trajeto de ônibus.
A Casa Civil não soube informar se haverá novas levas de interiorização e nem quantos venezuelanos estão em condições de serem transferidas para outros estados.
Abrigamento
De acordo com a Casa Civil, além da interiorização o governo federal vem realizando outras ações de atendimento em Roraima. Foram implantadas barracas nas cidades com maior número de venezuelanos para oferecer abrigos a centenas de pessoas que estavam vivendo em praças públicas.
O Exército tem atuado para fornecer três refeições diárias e a prefeitura de Boa Vista está garantindo atendimento médico e vacinação. Novas medidas serão anunciadas em entrevista coletiva que será realizada amanhã.