No total, o projeto de interiorização já transferiu 2.328 venezuelanos migrados para vários estados.
A interiorização busca ajudar os solicitantes de refúgio e de residência a encontrar melhores condições de vida em outros estados.
Segundo o Acnur, os imigrantes que participam do projeto devem aceitar, voluntariamente, a remoção.
Eles são vacinados, submetidos a exame de saúde e regularizados no Brasil, inclusive com Cadastro de Pessoas Físicas – CPF – e carteira de trabalho.
A iniciativa conta com apoio do Acnur, da Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pndu).
Para aderir à interiorização, o Acnur identifica os venezuelanos interessados em participar e cruza informações com as vagas disponíveis e o perfil dos abrigos participantes.
O órgão garante que os indivíduos estejam devidamente documentados e providencia melhoras de infraestrutura nos locais de acolhida.
Apoio
A OIM atua na orientação e informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar uma decisão informada e consentida, sempre de forma voluntária, além de realizar o acompanhamento durante todo o transporte.
O Unfpa promove diálogos com mulheres e pessoas LGBTI para que se sintam mais fortalecidas neste processo, além de trabalhar diretamente com a rede de proteção de direitos nas cidades destino com o objetivo de fortalecer a capacidade institucional.
O Pnud trabalha na conscientização do setor privado para a absorção da mão de obra refugiada.
Reuniões prévias do governo e da Organização das Nações Unidas com autoridades locais e coordenação dos abrigos definem detalhes sobre atendimento de saúde, matrícula de crianças em escolas, ensino da língua portuguesa e cursos profissionalizantes.