Informações falsas motivaram corrida pelo ouro em Aripuanã

Falsas informações que circularam nas redes sociais motivaram a corrida pelo ouro em Aripuanã (a 976 km de Cuiabá). Ao contrário das imagens, textos e áudios que circularam entre os garimpeiros, a área que foi invadida não possui vocação para exploração na superfície, uma vez que os minérios que foram encontrados em pesquisas na região estão em uma profundidade 400 metros, o que que equivale a um prédio de cerca de 133 andares.

Representantes das forças de segurança estadual, federal, Departamento Nacional de Mineração (DNPM) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) se reuniram na tarde desta quarta-feira (14), na Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), para tratar sobre as condições do garimpo ilegal. Os profissionais identificaram, por exemplo, que imagens que mostravam grandes pepitas de ouro não são da região.

“A extração do minério na região demanda grande investimento de recursos financeiros, já que são necessários equipamentos específicos para extrair o minério”, esclarece o superintendente do DNPM, Serafim Carvalho. Ele explica ainda que o minério é um bem da União e por isso é necessária a autorização de lavra do órgão, além de outros documentos como o licenciamento ambiental.

Foto: Divulgação
O deslocamento de pessoas até a região teve início em setembro, quando iniciou a veiculação de informações anunciando falsamente uma nova “Serra Pelada”, em alusão ao maior garimpo a céu aberto do mundo. Imediatamente, a Sesp reforçou o efetivo da Polícia Militar na cidade e solicitou apoio dos órgãos federais, por se tratar de um crime de responsabilidade da União.

“Nosso trabalho visa garantir a ordem no local, mas estamos buscando uma solução definitiva para a região”, disse o secretário de estado de segurança pública, Gustavo Garcia. Os órgãos irão atuar em conjunto para realizar a retirada das pessoas do local, identificação e responsabilização civil, criminal e ambiental dos infratores, além de estabelecer planos para recuperação da área degradada.

Participaram do encontro profissionais da Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Politec, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal e Departamento Nacional de Produção Mineral Agência Nacional de Mineração (DNPM-ANM).
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