Greve de caminhoneiros afeta postos de combustíveis, transporte público e educação em Manaus

Na manhã desta sexta-feira (25), em função da greve dos caminhoneiros em grande parte do país, o abastecimento de combustível, seguido do alimentício e outras áreas estão comprometidas.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), mesmo com o acordo firmado nesta quinta-feira(24) entre o governo brasileiro e parte dos caminhoneiros, não há desmobilização de pontos de manifestação nas principais rodovias do país.

O acordo prevê a suspensão da paralisação por 15 dias, desde que a Petrobras reduza em 10% o valor do diesel nas refinais, além de zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para o diesel até o fim do ano. Além da negociação com os estados, para que não haja mais a cobrança de pedágio para caminhões que trafegam vazios, com eixo suspenso.

Das 11 entidades do setor de transporte, a maioria caminhoneiros, que participaram do encontro, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que representa 700 mil trabalhadores, recusou a proposta. O presidente da associação, José Fonseca Lopes, deixou a reunião no meio da tarde e disse que continuará parado. “Todo mundo acatou a posição que pediram, mas eu não. Vim resolver o problema do PIS, da Cofins e da Cide, que está embutido no preço do combustível”, afirmou Lopes.

Os representantes dos caminhoneiros pedem o fim da carga tributária sobre o óleo diesel. Eles contam com a aprovação, no Senado, da isenção da cobrança do PIS/Pasep e da Cofins incidente sobre o diesel até o fim do ano. A matéria foi aprovada nesta semana pela Câmara e segue agora para o Senado. Caso seja aprovada, a isenção desses impostos precisará ser sancionada pelo presidente da República.

Foto: Samira Benoliel/Rede Amazônica

Postos de Combustíveis

Em Manaus, desde que informação, divulgada na última quinta-feira (24) pelos donos de Postos de Combustíveis de que a gasolina ia acabar em 2 dias, as pessoas correram para abastecer seus veículos e ao longo da tarde e noite se formaram filas enormes. Já na manhã desta sexta-feira (25) muitos postos informavam não ter mais nenhum tipo de combustível.

Transporte público

Em comunicado na noite da ultima quinta-feira (24), o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) informou que em função da continuidade da greve dos caminhoneiros, há o desabastecimento dos combustíveis nas garagens das empresas, logo, para que os ônibus não parem por completo, apenas 60% da frota do transporte de Manaus estaria nas ruas nesta sexta-feira (25), e que caso a greve não termine, no sábado (26), 100% da frota ficará paralisada pela falta do combustível.  

Foto: Divulgação/Semcom

Educação

A prefeitura de Manaus, informou  na noite deste quinta-feira (24) que decretou ponto facultativo para esta sexta-feira (25), por conta da greve dos caminhoneiros. Com o decreto, 499 escolas da rede municipal e os prédios administrativos da Secretaria Municipal de Educação (Semed), não funcionarão nesta sexta-feira (25).

Saúde

Os serviços de atendimento da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), como consultas, exames e outros procedimentos agendados estão suspensos nesta sexta-feira (25), e serão remarcados para outras datas a serem divulgadas.

Funcionam apenas as unidades de atendimento médico em urgência e emergência, o Samu pelo 192, e a Maternidade Moura Tapajóz, zona Oeste de Manaus.

* Com informações da Agência Brasil e G1 Amazonas

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