Governo do Amazonas pede que Força Nacional permaneça em presídios por mais 12 meses

O governador do Amazonas, Wilson Lima, que prorrogar a presença da Força Nacional no Estado. Ele encaminhou, na manhã desta terça-feira (28), um ofício ao Ministério da Justiça e Segurança Pública solicitando que a permanência da Força Nacional em presídios aconteça por mais 12 meses, a partir do dia 10 de junho.

O pedido ocorre após o massacre de 55 presos em quatro cadeias de Manaus. As mortes ocorreram em menos de 48 horas, no último domingo e segunda-feira (26 e 27).

As equipes da Força Nacional estão no Estado desde 2017, quando ocorreu o primeiro massacre do sistema prisional no Estado, com a morte de mais de 60 detentos.

Foto: Adneison Severiano/Rede Amazônica

A equipe atua no reforço da segurança externa das muralhas das unidades prisionais. O governo já havia confirmado pedido de Força Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), que apoiará as ações desenvolvidas junto ao Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).

Os reforços federais da Força Tática de Intervenção Prisional começaram a chegar nesta terça-feira (28), em Manaus, para atuar em parceria com a Seap em ações de intervenção nos presídios. A expectativa é que 100 agentes estejam na cidade até o fim da semana. O governo também pediu a extensão da presença da Força Nacional na cidade. Os agentes estão em apoio nas unidades prisionais desde 2017.

Em Manaus, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), com o apoio do Sistema de Segurança, realiza intervenções em todo o sistema prisional. Durante as intervenções no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1), Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), nesta segunda-feira (27), foram encontrados 40 detentos mortos, todos com indícios de morte por asfixia.

Apuração e medidas

A Seap já iniciou investigações para identificar os responsáveis pela ocorrência de domingo. As mesmas medidas serão tomadas em relação às mortes registradas nesta segunda-feira. Os resultados destas apurações serão encaminhados à Justiça. A secretaria também vai adotar medidas disciplinares nos presídios, a exemplo do que já fez no Compaj.

Ao todo, 55 mortos entre o domingo (25) e esta segunda-feira (26). No levantamento desta segunda, foram 25 detentos do Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT), 4 detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), 5 detentos do Centro de Detenção Provisória Masculino 1 (CDPM1), e 6 detentos da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP).

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