Força tarefa em Roraima para imunizar venezuelanos contra o Sarampo

Pelo quarto dia consecutivo, desde um diagnóstico positivo de sarampo no início da semana, as equipes de saúde de Roraima seguem com as ações de vacinação junto aos venezuelanos abrigados que, no momento, são o público mais vulnerável ao vírus.

Neste sábado (17) e no domingo (18), as equipes do Núcleo Estadual de Imunização ofertam 2 mil doses, para tentar imunizar todos os abrigados nos ginásios dos bairros Tancredo Neves e Pintolândia, ambos na Zona Oeste da Capital.

Até essa sexta-feira (16), mais de 350 venezuelanos haviam sido imunizados apenas pelas equipes do Estado no Ginásio do Tancredo Neves, uma das prioridades iniciais, por ser um dos locais por onde a família da criança infectada passou. Somando às doses aplicadas pelo município em outras áreas, chega a 700 o número de imigrantes atendidos em abrigos.

O gerente estadual de Imunizações, Rodrigo Danin, explicou que, após a aplicação, é feito um registro nominal de cada imigrante, a fim de manter um controle da população atendida. Segundo ele, é um desafio proteger todos, devido à grande rotatividade de pessoas nestes locais. No entanto, a expectativa é que a totalidade de abrigados seja atendida.

A ação beneficiou pessoas como Diene Mendoza, de 25 anos, que desde agosto vive no Estado com um filho pequeno. Ambos não tinham registros de vacina ao entrar no País. “Pelas condições que vivemos, pode haver contaminação”, disse, enquanto aguardava para se vacinar.  
Foto: Jackson Félix / Rede Amazônica

Brasileiros

Mas não é só a população venezuelana que preocupa. As coberturas vacinais em brasileiros para o sarampo e para todas as vacinas de uma maneira geral estão abaixo da meta na maioria dos municípios. “Antes deste caso confirmado, já planejávamos uma grande campanha estadual de vacinação, mas, devido às condições atuais, vamos concentrar nossos esforços no sarampo neste primeiro momento”, adiantou o gerente de Imunizações.

A maioria dos municípios não alcançou 95% da cobertura preconizada pelo Ministério da Saúde para o sarampo. Em Boa Vista, onde foi registrado caso confirmado de sarampo, essa cobertura está em aproximadamente 85%. De maneira geral, considerando adultos e crianças, em todas as vacinas a cobertura vacinal sequer chega aos 50%.

Sarampo

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral, transmissível, extremamente contagiosa e mais comum na infância. Os sintomas iniciais são: febre, tosse, irritação ocular e manchas avermelhadas. A transmissão ocorre diretamente, de pessoa a pessoa, geralmente por tosse, espirros, fala ou respiração, por isso a facilidade de contágio da doença.

A única forma de prevenção é a vacinação. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina tríplice viral, que evita o sarampo, a caxumba e a rubéola. A primeira dose deve ser tomada aos 12 meses de idade. Aos 15 meses, é necessária uma dose da vacina tetraviral, que corresponde à segunda dose da vacina tríplice viral mais uma dose da vacina contra a varicela.

Caso haja atraso na vacinação, pessoas de até 49 aos de idade podem se vacinar. A orientação é que a população fique atenta ao cartão de vacinação e procure o posto de saúde mais próximo, caso alguém não esteja vacinado.

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