A mãe estava no Parque Botânico de Ariquemes, quando visitantes viram uma preguiça caindo com o filhote no colo. Não momento, um dos vigilantes do parque fez o resgate e levou o animal para avaliação médica. Em entrevista ao G1 Rondônia, uma das veterinárias que prestou o atendimento contou que a preguiça tinha um ferimento no braços.
“Chegando lá se deparamos com a mãe extremamente debilitada, fraca e muito desidratada. Quando trouxemos à clínica para sedá-la e avaliá-la melhor, verificamos uma lesão muito extensa no braço direito, que já tinham larvas. Toda a musculatura estava necrosada e já dava pra ver o osso, era bem crítica a situação dela”, explicou a médica Luana Farias.
Ainda segundo a veterinária, as preguiças vivem entre 30 a 40 anos, e aquela, que já estava em idade bem avançada, não resistiu ao ferimento e acabou morrendo.
Como a mãe preguiça estava com o filhote, e segundo a veterinária Layane Teixeira, que também ajudou no tratamento, os filhotes de preguiça vivem grudados à mãe, no mínimo até os seis meses de idade, quando começam a ficar independentes.
“Ela sentiu muito a falta da mãe no início, tanto que chorou bastante e a gente tentou fazer uma adaptação. Peguei um ursinho de pelúcia e coloquei junto dela, pra se agarrar e abraçar, pois na vida real o filho fica exclusivamente no colo, costas e barriga, porque a mãe o carrega para todo local”, explicou.
O filhote está em tratamento, e recebe os cuidados, como amamentação a cada duas horas, além de uma pelúcia para não sentir tanta falta da mãe.
“Agora a gente perceber que ela já está muito mais animada. Ela tem se alimentado bem e parou de chorar, o que é muito gratificante pra gente ver”, disse Layane Teixeira.
A preguiça deve ser tratada em cativeiro até ela ficar fora de risco, para poder ser introduzida no habitat silvestre, que deve acontecer em três ou quatro meses. Para as voluntárias, o momento da despedida será de muita dificuldade, por todo o vínculo criado com o filhote.
“No momento da despedida ficaremos um pouco tristes, porque a gente já criou um elo de preocupação, pois toda hora queremos ver como ela está. Mas também ficaremos muito felizes por termos conseguido introduzi-la novamente ao habitat dela com saúde, para ter uma boa vida no futuro”, concluiu Layane Teixeira.