Estados da Amazônia se unem à greve geral e têm paralisações

A greve geral no Brasil convocada por centrais sindicais e diversas categorias nesta sexta-feira (28) ganhou adesão de boa parte do País. O movimento nacional é contra as reformas trabalhista e previdenciária priorizadas pelo Governo do presidente Michel Temer. Na Amazônia, Estados como o Amazonas e o Pará aderiram ao ato. Confira:

Acre 

Foto: Aline Nascimento/G1 Acre

Servidores de diversas instituições aderiram ao movimento nacional. Ato teve início no Palácio de Rio Branco, Centro da cidade. Estudantes de escolas das redes estadual e municipal estão com aulas e serviços públicos suspensos. O ato começou por volta das 8h e a Polícia Militar do Acre (PM-AC) informou que ao menos 200 pessoas participam do movimento. A organização ainda não divulgou estimativa. A Rua Arlindo Leal, em frente a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), está fechada. Os bancos estão funcionando normalmente, bem como os ônibus, uma vez que a categoria não aderiu à paralisação. Unidades Básicas de Saúde vão funcionar apenas até às 10h.Amapá

Foto: John Pacheco/G1 Amapá

A capital amapaense amanheceu sem ônibus. Os coletivos ficaram duas horas sem circular, das 6h às 8h, mas já retornaram. Manifestantes iniciaram concentração na Praça da Bandeira por volta das 8h30. De acordo com a Central Única dos Trabalhadores no Amapá (CUT-AP), cerca de 5 mil pessoas participam do ato. A Polícia Militar não acompanha o ato até o momento.

O Aeroporto Internacional de Macapá opera sem alterações nos voos até o momento. O centro comercial abriu as portas, mas escolas públicas e particulares suspenderam aulas.Amazonas

Foto: Suelen Gonçalves/G1 Amazonas

Na capital do Amazonas, Manaus, a paralisação começou por volta das 4h com os rodoviários. Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), duas empresas paralisaram 100% da frota nesta manhã. Usuários do transporte coletivo das zonas Norte, Leste, Oeste e Centro-Oeste foram afetados.

Grupo com dezenas de professores se reuniram na frente da sede do governo localizado na Avenida Brasil, bairro Compensa. O objetivo é protestar contra as reformas trabalhistas e chamar atenção pela falta de concursos públicos para a categoria. Após manifestações na Avenida Constantino Nery causarem transtornos na via, o Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização de Trânsito (Manaustrans) informou que o corredor exclusivo de ônibus, a faixa azul, foi liberado para os carros.

Polícia Civil faz ato na Delegacia Geral. Eles prometem parar 70% das delegacias de Manaus. Abastecimento de carros da polícia (que é feito na Delegacia Geral) foi suspenso nesta manhã.

Maranhão 

Foto: Douglas Pinto/TV Mirante-MA

Os ônibus também não circulam em São Luís. A Justiça chegou a determinar que 60% da frota circulasse normalmente, mas os ônibus não saíram das garagens. Por volta das quatro da manhã, os manifestantes fecharam diversos pontos na cidade. No Km 2 da BR-135, que dá acesso à entrada e saída de São Luís, os dois sentidos da rodovia estão completamente bloqueados.Na Barragem do Bacanga, na Avenida dos Portugueses, os manifestantes também fizeram o bloqueio nas duas pistas. Eles atearam fogo em pneus e pedaços de paus com o intuito de impedir o tráfego de veículos na região. Ainda assim, o protesto é considerado pacífico. A Polícia Militar está no local.

Mato Grosso

Foto: Marcelo Martins/TVCA

Assim como em outras capitais da Amazônia, Cuiabá teve paralisação dos ônibus, bem como Várzea Grande, na região metropolitana. Há ainda manifestação e bloqueio no km 686 da BR-163 em Lucas do Rio Verde, a 360 km da capital, realizada por um grupo do Sindicado dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT).

Pará

Trabalhadores rurais, integrantes do Movimento Sem Terra (MST) e assalariados rurais da região do Baixo Tocantins interditam desde as 7h o acesso à Alça Viária, em Marituba, rodovia que liga a região metropolitana ao interior do Pará. Segundo a Central Única dos trabalhadores (CUT), o protesto reúne cerca de 500 pessoas e aguarda a chegada de mais trabalhadores ao longo da manhã. A Polícia Militar (PM) ainda não se manifestou sobre o número de participantes no ato.

Foto: Reprodução/CUT-PA

A concentração da manifestação deve acontecer na Praça da República. No início da manhã os ônibus funcionavam normalmente em Belém.Em Santarém centenas de pessoas se reuniram em uma manifestação nas praças da Bandeira e Monsenhor José Gregório, conhecidas como praça da Matriz. O Aeroporto Maestro Wilson Fonseca não teve nenhuma manifestação até o momento.

A rua Siqueira Campos e a Avenida Tapajós, no Centro, estão bloqueadas. Escolas públicas e alguns bancos não abrem hoje. Concentração da manifestação começou as 8h na Praça da Matriz.

Rondônia

Foto: Hosana Morais/G1

Sindicatos se reúnem na Praça das Três Caixas d’Água, em Porto Velho, onde o movimento começou a crescer a partir das 9h. De acordo com o diretor da CUT, João Ancelmo, a expectativa é que cerca de cinco mil pessoas participem da manifestação.

Segundo a Secretaria Municipal de Trânsito (Semtran), que está presente no local para acompanhar a manifestação, serão em média 10 agentes acompanhando e organizando o trânsito. Viaturas da Polícia Militar (PM) irão dar apoio à segurança.

Em Cacoal a manifestação começou às 7h e deve seguir até às 13h30. A movimentação está concentrada em frente ao Istituto Nacional do Seguro Social (INSS). A expectativa dos organizadores é a participação de 500 servidores. Paralisarão os sindicatos Sintero, Sindsef, Sitracon, OAB, Sinsepune e estudantes do Ifro.

Roraima

Foto: Jackson Félix/G1 Roraima

Em Boa Vista, sindicalistas bloquearam trechos das avenidas Venezuela e Brigadeiro Eduardo Gomes. Pouco mais de 200 manifestantes estão reunidos nas avenidas do bairro Mecejana. O protesto teve início às 6h e segue de forma pacífica. A Polícia Rodoviária Federal está no local acompanhando a movimentação.

Tocantins

Foto: Letícia Queiroz/G1 Tocantins

Apesar da greve, os ônibus circulam normalmente por toda capital no início da manhã. Apenas um voo foi cancelado no aeroporto de Palmas e nenhuma rua havia sido bloqueada. Algumas escola foram fechadas, sem a confirmação de quantas. Bancos e Correios estão fechados. Segundo o grupo que está organizando os protestos atualmente são mais de 10 mil pessoas nas ruas. A Polícia Militar de Palmas ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Um grupo de manifestantes se reuniu para protesto às 9h e terminou por volta de 11h. A concentração foi realizada em frente ao Colégio São Francisco, na quadra 110 Norte, centro da capital. Depois, o grupo seguiu em caminhada pela avenida Juscelino Kubitschek (JK).

Durante o ato, os trabalhadores pararam em frente ao prédio da Prefeitura de Palmas e também protestaram contra o prefeito Carlos Amastha, que anunciou em uma rede social que cortará os pontos dos servidores que faltarem ao trabalho. Em seguida, os trabalhadores seguiram para o Palácio Araguaia, sede do governo estadual, onde encerraram a manifestação.

Outro grupo também fez ato em frente ao campus da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e atearam fogo em pneus para impedir a passagem de carros e pedestres. Nesta sexta-feira não haverá aula na instituição. Trabalhadores em Araguaína, norte do Tocantins, também saíram às ruas para protestar. 
Companhias aéreas

Com a greve, companhias aéreas decidiram liberar remarcação de voos que aconteceriam nesta sexta-feira (28) sem custos para os passageiros. A iniciativa faz parte de um plano de contingência das empresas para evitar atrasos de voos. A Gol informou que os clientes com voo marcado para essa data que desejarem remarcar a viagem poderão fazê-lo sem custo pelos canais de atendimento online ou pelo número 0800 704 0465.

Já a Latam informou que está oferecendo alternativas aos passageiros impactados para alterar viagens originalmente programadas para esta data. O telefone do SAC da Latam é 0800 123 200. A companhia admite que os voos poderão registrar atrasos e cancelamentos em rotas domésticas e internacionais.

A Azul afirmou que os clientes afetados poderão entrar em contato pelos telefones 4003-1118 (capitais e regiões metropolitanas) ou 0800 887 1118 (demais regiões) para verificar suas opções de viagem, mas frisou que a “programação dos voos permanece inalterada”. A Avianca também disse que isentará a taxa de remarcação e cancelamento de passageiros com voos confirmados, que deverão solicitar os procedimentos pelos telefones 4004-4040 (capitais e regiões metropolitanas) e 0300-789-8160 (demais localidades).
*A matéria será atualizada até o encerramento das manifestações

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