Troca de experiências entre os estudantes de Nova Ubiratã, no interior de Mato Grosso, tem ampliado a aprendizagem
O ensino remoto não tem sido obstáculo para professores da Escola Estadual 19 de Dezembro, em Nova Ubiratã (600 km de Cuiabá). O professor da Língua Portuguesa, Wagner Rossi, e a professora de Química, Claudinéia Pesamosca, apostam em atividades interativas para despertar o interesse dos alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Wagner trabalhou o conteúdo “objetos de conhecimento entrevista”. Os alunos realizaram entrevista com pessoas que admiravam profissionalmente ou pessoalmente. Para isso, utilizaram os aplicativos de mensagens ou mesmo entrevistas em casa – tudo em vídeo. Em seguida, utilizando os aplicativos dos celulares, editaram e enviaram o vídeo por meio dos grupos de WhatsApp.
São vídeos curtos, de no máximo dois minutos, para que não pesem na hora do envio. Com isso, todos os alunos conseguem ter acesso ao resultado dos trabalhos dos colegas e trocar experiências.
Claudinéia, por sua vez, trabalhou com os alunos o conteúdo “conceito de densidade”. Os estudantes fizeram a experiência em casa, tudo gravado em vídeo. Eles mostraram na prática o que aprenderam e ainda registraram as atividades.
“É fundamental que os conceitos científicos sejam realmente vivenciados pelos alunos. A prática é uma maneira de motivar. A experiência deles está muito boa”, comemora a professora.
Aprendizagem lúdica
Coordenadora pedagógica, Daniela Magalhães destaca que trabalhar com vídeos ou fotos é uma forma divertida e lúdica de aprendizado e os dois professores estão conseguindo resultados surpreendentes.
A coordenadora lembra que os alunos acompanham as aulas pelas apostilas, pelo Whatsapp e também pelo aplicativo Google Classroom. “O aplicativo de mensagem é mais rápido, prático e fácil de usar e exige menos internet. Nosso problema maior é com os alunos residentes na zona rural, mas todos têm celular com WhatsApp. Muitos enviam as tarefas, mesmo em horário após as aulas, pois aguardam os pais chegaram com um celular melhor”, assinala.
Daniela assegura que, com todo esse alinhamento, o aprendizado neste ano supera ao do ano passado, pois tanto a equipe gestora como os professores usam a experiência que adquiriram com as aulas não presenciais.