Epidemia de sarampo ameaça indígenas yanomami de Roraima e da Venezuela

Epidemia de sarampo já atinge indígenas yanomami tanto no Brasil quanto na Venezuela.

A organização Survival International tem denunciado a situação e alerta para o risco de extermínio de indígenas isolados.

De acordo com a pesquisadora da entidade, Sarah Shenker, os indígenas têm baixa imunidade contra a doença e uma epidemia seria catastrófica.

A Survival recebeu notícias da doença tanto de associações indígenas venezuelanas como de organizações brasileiras, como a Hutukara Associação Yanomami.

O coordenador da Hutukara, Davi Kopenawa Yanomami, afirma que 14 indígenas já morreram na região de fronteira em decorrência do sarampo. Para ele, a entrada de garimpeiros tem relação com o surto.

No entanto, o Ministério da Saúde informou que até o dia 11 de junho, foram confirmados apenas dois casos de sarampo em indígenas brasileiros e 24 casos em índios da Venezuela. Outros 61 casos suspeitos permanecem em investigação e 4 foram descartados.

O ministério afirma que tem atuado em todas as frentes possíveis para barrar a doença na população indígena e que a vacinação indígena ocorre de forma sistemática.

Ainda de acordo com a pasta, a maioria dos episódios de sarampo ocorreu na região de Auaris, em Roraima, por ser o local de migração dos índios venezuelanos que procuram atendimento com as Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena no território.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Você sabia que é possível ver o alinhamento solar anual de inverno em sítio milenar construído por indígenas da Amazônia?

Fenômeno foi visto no 'Parque do Solstício' localizado do município de Calçoene, no interior do Amapá. O alinhamento do sol com as pedras acontece duas vezes ao ano.

Leia também

Publicidade