Encontro no Acre debate plano de atuação em possível enchente dos rios amazônicos

Foto: Divulgação/Agência Acre

Nos últimos anos, é possível observar a predominância de eventos extremos na bacia da Amazônia Ocidental. Em 2014, por exemplo, o Rio Madeira registrou uma cheia histórica sem precedentes, enquanto o Rio Acre, em 2015, desafiou os sistemas de previsão e modelagem hidrológicos.

Para se antecipar aos fenômenos e traçar estratégias de atuação em 2017, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), em parceria com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), realiza nesta sexta-feira (15), a reunião de trabalho pré cheia.

O encontro reúne representantes das Defesas Civil do Acre e Rondônia, e demais instituições ligadas à gestão de riscos ambientais e dos recursos hídricos, instituições de pesquisa e fiscalização, no auditório da Procuradoria-Geral do Estado (PGE).

Além de promover o diálogo entre os organismos, o evento abre um espaço de debate e troca de informações sobre os últimos estudos e esforços desenvolvidos para a antecipação das cheias dos rios amazônicos, gerando a troca de experiência entre os participantes.

“Todos os anos, nesse período, a gente se reúne e aí é importante destacar a presença do Sipam, que coordena esse trabalho de previsão e antecipação dos fenômenos, com a gente. Há oito anos consecutivos nós temos alagação no Rio Acre, e os estragos são enormes. Por isso, o Estado reúne os órgãos competentes para planejar os planos de contingência, caso seja necessária a sua aplicabilidade”, frisou o secretário de Meio Ambiente, Edegard de Deus.

Vera Reis, diretora-técnica do IMC, explicou que o foco de estudo do encontro é especificamente para os rios Acre e Madeira. A reunião é promovida há 10 anos.

Previsão

De acordo com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), mediante as previsões de longa distância, não há a expectativa de uma cheia fora da normalidade para o Rio Acre em 2017.

“A expectativa para o nível do Rio Acre, em 2017, varia entre 12 e 14 metros – cota de transbordamento –, mediante os últimos boletins meteorológicos que nós expedimos”, ressaltou Ana Cristrina Strava, coordenadora operacional do Sipam.

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