A entrada da escavação estava escondida embaixo de um vaso sanitário na cela 6 do pavilhão 5. Para os oito presos da cela onde foi encontrado o indício de túnel, os procedimentos cabíveis serão para dano ao patrimônio público.
A SEAP informa que ainda não se sabe a dimensão da profundidade da escavação devido a quantidade de barro ensacado e lama. De acordo com o Departamento de Inteligência Penitenciária (Dipen), a estimativa era que 150 detentos do pavilhão iriam tentar escapar pelo túnel. Nas celas do Pavilhão há presos de alta periculosidade, entre eles Alan Sérgio Martins Batista, o “Índio”, um dos líderes da facção criminosa Família do Norte (FDN).
Segundo as investigações da SEAP, a escavação teve início meses antes da transferência de dez detentos do CDPM 1 para o Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A suspeita é que estes internos teriam orquestrado o plano de fuga.
O secretário da SEAP, coronel da Polícia Militar, Cleitman Coelho, informa que revistas e procedimentos de segurança estão sendo seguidas em todas as unidades prisionais da capital e do interior, além das operações com o apoio da Polícia Militar (PM). O coronel diz ainda que tem acompanhado procedimentos de trancas nas unidades e atuando na prevenção de ações dos detentos para desestabilizar o sistema prisional.
O local foi isolado e nesta quarta-feira (14) será feito o serviço de concretagem da escavação. O patrulhamento da unidade prisional também foi reforçado agentes da Coordenação do Sistema Penitenciário (Cosipe) estão na unidade para evitar qualquer tipo de convulsão no sistema penitenciário.