Britânica que desapareceu no Rio Solimões foi vítima de latrocínio, diz polícia

A atleta britânica que desapareceu no Rio Solimões na última quarta-feira (13) foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), segundo a Polícia Civil do Amazonas. Emma Kelty, de 43 anos, viajava sozinha em um caiaque desde o mês passado. Ela saiu do Peru e teria entrado no Brasil pelo município de Tabatinga (AM), na tríplice fronteira, sumindo em uma área perto de Coari, a 363 quilômetros de Manaus.

Um adolescente de 17 anos, acusado de envolvimento no caso, foi apreendido e mais seis pessoas estão sendo procuradas. Ele contou em depoimento que a mulher estava acampando na Ilha do Boieiro, localizada em frente à Comunidade Lauro Sodré, quando foi abordada por um grupo que levou os pertences e o dinheiro da atleta. “Os sete infratores tentaram vender os objetos roubados da vítima, dentre eles dois aparelhos celulares, um tablet e uma câmera GoPro em comunidades dos municípios de Codajás e Coari”, disse a Polícia Civil.

Foto: Reprodução/Youtube-Emmy Kelty
Segundo o delegado Frederico Mendes, o adolescente informou ainda que a britânica foi atingida por dois tiros de espingarda calibre 20 e o corpo dela foi jogado no Rio Solimões.

Moradores da Comunidade Lauro Sodré também foram ouvidos e relataram que viram Emma Kelty ainda com vida. Eles encontraram a embarcação e objetos pessoais da britânica, como roupas e sapatos.

Preparação

A esportista chegou a publicar vídeos de sua preparação para a viagem pela Amazônia. Em uma das publicações, Emma treina alguns movimentos para defesa pessoal. Em outro vídeo, a atleta participa de uma simulação em uma piscina que simula a água corrente. Um terceiro vídeo mostra a britânica treinando a virada do caiaque. Confira os vídeos:


Redes sociais

A atleta fez postagens na rede social Twitter antes de desaparecer, a última no próprio dia 13 de setembro que diz: “À 1h que mudança dramática em um dia… mas assim é o rio … cada quilômetro é diferente e apenas porque uma área é ruim não significa”. No dia 12, a esportista escreveu na rede social ter visto dezenas de homens “armados com rifles e flechas” em barcos. O local seria o mesmo onde um delegado também sumiu após um confronto com traficantes de drogas colombianos que atuam na área. O corpo dele nunca foi encontrado.

Por volta das 22h do dia 13, conforme relatou a Polícia Civil, uma empresa ligou para o Comando do 9° Distrito Naval informando que o localizador de emergência da atleta, que fazia canoagem esportiva no Rio Solimões, havia sido acionado. No dia seguinte (14), pela manhã, a Marinha e mergulhadores do Corpo de Bombeiros iniciaram as buscas. O trabalho continua nas proximidades de onde o adolescente apontou que o grupo teria jogado o corpo da vítima.
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