Bom faturamento do PIM não se reflete em empregos

O Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou um crescimento de 9,1% do seu faturamento de janeiro a outubro de 2017. Os números deste ano são de R$ 66,4 bilhões contra R$ 60,9 bilhões de 2016, apontam indicadores divulgados ontem (21) pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Apesar da leve retomada, no acumulado de janeiro a outubro, a média de contratações de mão de obra entre efetivos, temporários e terceirizado foi de 85.695 trabalhadores, uma diminuição de 0,54% em relação ao mesmo período do ano passado que registrou 86.161 postos de trabalho. Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, apesar dos números positivos, é necessário manter a cautela e os pés no chão, principalmente devido a votação da proposta de reforma da Previdência, adiada para janeiro de 2018. Fato que segundo ele, deixa os investidores cautelosos em relação a situação econômica do país.

“Está havendo uma pequena estabilidade, não crescimento. Podemos dizer que o nosso modelo continua sendo opção de investimento no nosso Brasil. Temos que comemorar com muita cautela e pé no chão porque ainda não deu para sentir que as coisas melhoraram. Temos que aguardar a aprovação da reforma da Previdência. A insegurança jurídica em torno dos negócios pesa, enquanto a reforma não sai haverá uma falta de confiança e credibilidade por parte dos investidores em relação a saúde econômica do país”, disse ele.

Foto: Walter Mendes / Jornal do Commercio
Em relação a outubro, o mês registrou a contratação de 88.017 trabalhadores, um aumento de 0,69% em relação a setembro que teve 87.411. Até o mês de outubro, ocorreram 22.526 admissões e 20.846 demissões, com saldo positivo de 1.680 vagas ocupadas no PIM, o melhor dos últimos quatro anos. Destaques para o segmento de eletroeletrônico que teve 29,64% da participação do faturamento com um rendimento de R$ 19,7 bilhões. Em seguida, estão Bens de Informática (R$ 13,7 bilhões) com a operação de 20,62%; Duas Rodas (R$ 8,9 bilhões), com 13,45%; e Químico (R$ 7,5 bilhões), com 11,27%. 
Em dólar, o faturamento acumulado de janeiro a outubro foi de US$ 20.9 bilhões, o que significa um aumento de 18,75% na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior (US$ 17.6 bilhões).
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