Entre os sete casos ainda sob investigação, cinco são meninos e dois meninas, na faixa etária de 7 meses e 10 anos. Seis crianças venezuelanas e uma brasileira, residentes do município de Boa Vista e sem histórico de vacinação.
Todas as amostras estão sendo encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima e, posteriormente, serão analisadas pela Fiocruz.
O sarampo estava erradicado no Brasil desde 2015 e as autoridades já temiam o retorno da doença após o aumento da migração. A Venezuela enfrenta um surto de sarampo, aliada a uma crise política e econômica.
O sarampo é uma doença infecciosa viral e extremamente contagiosa. Os principais sintomas são febre alta, manchas avermelhadas, tosse e olhos irritados. No último final de semana, profissionais de saúde realizaram um mutirão para vacinar venezuelanos em abrigos de Boa Vista. Cerca de duas mil doses foram disponibilizadas pela Secretaria Estadual de Saúde.
Vacinação
O Ministério da Saúde confirmou que vai enviar ao estado um lote extra com 80 mil doses da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), totalizando 84 mil doses repassadas em 2018.
Por meio de nota, o ministério informou que enviou uma equipe a Roraima para auxiliar no planejamento de atividades de investigação e de imunização contra o sarampo. A previsão é que, ainda nesta semana, o governo federal realize treinamento para profissionais de saúde do estado e da capital, Boa Vista, sobre aspectos gerais da doença e ações de vigilância epidemiológica a serem implementadas.
Cartão de vacina
Atualmente, o Brasil não exige cartão de vacinação contra o sarampo para a entrada de estrangeiros no país – apenas recomenda a prevenção contra a doença de acordo com as normas de seu país antes da viagem.
“A Opas e o Comitê Internacional de Especialistas para a Eliminação do Sarampo e da Rubéola recomendam a todos os países das Américas que fortaleçam a vigilância ativa e mantenham a imunidade da população por meio da vacinação”, concluiu o ministério.