Após mais de 70 vítimas em 6 meses, polícia lança cartilha para evitar crimes pela internet no AP

Buscando combater crimes de estelionato pela internet, a Polícia Civil do Amapá iniciou uma campanha nas redes sociais com a publicação de cartilhas que detalham como criminosos estão praticando golpes através de sites e páginas online de compra e venda de diversos tipos de produtos.

De acordo com o delegado Leandro Leite, da 6° Delegacia de Polícia Civil (6° DP), desde janeiro, mais de 70 vítimas procuraram a unidade para registrar as ocorrências desse tipo de golpe. Ele citou que, com a cartilha, a expectativa é que a população fique mais alerta ao se deparar com essas estratégias criminosas.

“A ideia é fazer com que o cidadão tenha a consciência de como funciona a engrenagem da modalidade delitiva e nós utilizamos o conceito de engenharia reversa, ou seja: nós entendemos como funciona o crime e, com isso, nós passamos a informação para a sociedade através dessas cartilhas”, explicou Leite.

Foto: Reprodução/Rede Amazônica

A primeira cartilha trata da fraude da compra e venda de veículos na internet. De acordo com Leite, entre as mais de 70 pessoas que caíram no golpe, uma das vítimas teve o prejuízo de R$ 24,5 mil.

“Ela depositou um dinheiro achando que estava comprando um carro e o dinheiro foi parar em uma conta de Osasco [no estado de São Paulo]. E depois o criminoso pulverizou o valor em outras contas”, detalhou o delegado.

Outro modo do crime que vem acontecendo com frequência, segundo o delegado, é o golpe da transferência bancária falsa, quando o criminoso acerta a compra com o vendedor e manda um entregador buscar o produto após fingir ter transferido o pagamento usando um comprovante forjado.

Além desses crimes, a polícia detalhou que vão ser publicadas outras cartilhas dando orientações para não cair nos golpes do envelope vazio nas agências bancárias, da fraude com cartão de crédito e do furtos de celular em evento festivo.

As orientações serão publicadas toda semana na site da Polícia Civil e nas páginas da corporação no Facebook e Instagram. Junto com o detalhamento do modus operandi, os materiais vão passar orientações de como o cidadão pode identificar que se trata de uma ação criminosa.

“É importante observar o sotaque do interlocutor, pois geralmente esses criminosos são de outros estados; desconfiar de pedidos para que não passe a informação da compra ou venda para outra pessoa e fazer uma busca da agência bancária para saber se não pertence a outro estado. Essas são algumas dicas elencadas nas cartilhas”, finalizou Leite.

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