Cerca de 42% das escolas de Mato Grosso estão sem aula por causa da greve dos profissionais de educação. São aproximadamente 322 escolas paralisadas. Os profissionais da educação do Amapá e Amazonas também já entraram em greve, ainda neste mês, reivindicando direitos.
A adesão é ainda maior na Baixada Cuiabana, onde 70% das escolas estão de portas fechadas. As estimativas são do governo do estado, que já determinou o corte de ponto dos grevistas.
A greve começou na segunda-feira e foi deflagrada por tempo indeterminado. Entre as principais reivindicações da categoria está o reajuste salarial de 7,69%, conforme acordo feito há cinco anos.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso, Valdeir Pereira, afirma que os profissionais decidiram pela greve depois do esgotamento das negociações com o governo.
O secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Mauro Carvalho, argumenta que o estado paga o terceiro maior salário do país aos professores da rede estadual: uma média de R$ 5.800 reais.
De acordo com Carvalho, não é possível arcar com o reajuste de 7,69%, reivindicado pelos profissionais da educação. Nesta sexta-feira, os representantes sindicais dos profissionais de educação se reúnem com o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes.
Além do reajuste salarial, eles pedem a convocação de professores concursados e a reforma de 400 escolas que estariam em condições ruins ou péssimas.