Alerta: enchente do Rio Negro pode ser segunda maior em Manaus, diz CPRM

Foto: Clarissa Bacellar/Portal Amazônia

As estimativas do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) sobre o processo de enchente do Rio Negro em Manaus (AM) para este ano apontam que a bacia pode alcançar a marca máxima de 29,85 m. Esta seria a segunda maior cheia enfrentada pela cidade desde o início das medições, em 1902, próxima a maior cheia, de 2012, quando o nível do rio chegou à 29,97 m. A informação foi divulgada no segundo alerta de cheia, nesta terça-feira (2).

A cota do rio Negro já deve superar os 29 metros nos próximos dias e, com isso, seria a segunda maior cheia dos últimos seis anos. De acordo com dados divulgados pelo CPRM, a previsão é que a cota miníma seja de 29,05m. “Esse intervalo de 29,05 se igualaria à sexta maior cheia da história. O intervalo máximo seria a segunda maior cheia da história. A nossa previsão de intervalo máximo é menor que a cheia histórica”, disse a pesquisadora Luna Alves.

Com relação a cheia de 2016, quando foi registrada a cota de 27,19 metros, os estudiosos acreditam que o rio deve subir 2,31 metros em 2017. “A previsão é que chegue a mais de dois metros que aconteceu ano passado. É situação de atenção sim”, disse Luna.

A previsão da cheia foi feita também após a análise da subida dos rios que banham Tabatinga e Fonte Boa. De acordo com a pesquisadora, as cotas nos municípios tem tido o mesmo comportamento da cheia registrada em 2015, quando o rio Negro registrou 29,66m.

Ela apontou que no último mês o rio subia dois centímetros por dia. Contudo, nos últimos dias, a subida alcançou quatro centímetros e no ultimo fim de semana, foi registrado a diferença de cinco centímetros por dia. Nesta terça-feira (2), o rio chegou a 28,38m, enquanto na mesma data em 2016 atingiu 25,57m, segundo dados do Porto de Manaus.

Chuvas dentro da normalidade

Para os próximos três meses, período de transição da estação chuvosa para a estação seca, a previsão é de chuvas dentro da normalidade, de acordo com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). “A parte sul da bacia deve começar a receber menos água a partir desse mês de maio. E aumentar as chuvas na parte norte. Essa condição da precipitação tem essa realidade, a condição de normalidade e com redução do quadro de chuvas”, disse o chefe da divisão de meteorologia, Ricardo Dallarosa. A expectativa é que em maio chova em torno de 200 mm.

A normalidade na quantidade de chuvas foi prevista após a redução da possibilidade da ocorrência de fenômenos específicos como El Niño e La Niña para os próximos meses. “Não existe nenhum fenômeno que se diga resistente que esteja acontecendo. Não temos influência do El Niño e La Niña, até o momento, para assegurar que as chuvas vão está fora da condição de normalidade. Talvez alguma expectativa acima do normal, no noroeste do Amazonas e em Roraima”, apontou Dallarosa.

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