Em visita a sede do Grupo Rede Amazônica, na manhã desta quarta-feira (27), o prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto, falou da possibilidade de redução da tarifa de ônibus. Na semana passada, Arthur havia dito que se o governador do Estado, Amazonino Mendes, isentasse as empresas de ônibus do IPVA e retirasse o ICMS do combustível, a tarifa do ônibus urbano de Manaus voltaria para R$3,50.
Na noite da última terça-feira (26) foi aprovada a Lei Orçamentária Anual (LOA) do Estado do Amazonas, e um dos projetos aprovados foi a isenção do imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA) de ônibus e micro-ônibus que operam o transporte coletivo de Manaus.
Perguntado sobre a possibilidade de reduzir a tarifa, o prefeito disse que ainda depende da isenção do ICMS no preço do Diesel. “Se o governador se articular e conseguir aprovar na Assembleia Legislativa a redução do ICMS, nós vamos baixar a tarifa para R$3,50, mas isso depende tanto do IPVA quando do ICMS, pois só o IPVA representa cerca de 5 centavos no valor da tarifa”, disse.
Em entrevista à Rede Amazônica, o advogado do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), Fernando Borges afirmou que é em janeiro o período em que eles pedem o reajuste da tarifa. “Estamos em negociação com a prefeitura, e se conseguirmos as isenções – IPVA e ICMS, não vamos pedir o aumento da passagem”, disse.
Arthur ainda falou da precariedade do transporte urbano na cidade, e afirmou que se as empresas não estiverem satisfeitas podem deixar de operar o sistema.
“No início do ano, os rodoviários se comprometeram, após o aumento da tarifa para R$3,80, em oferecer à população 300 novos ônibus com ar-condicionado, a até o momento foram entregues apenas 40, e sem ar-condicionado. Com isso nós não podemos dar aumento da passagem, já que o acordo não foi cumprido. Se elas não tiverem satisfeitas, e não derem a manutenção nos ônibus, que deixem o sistema de Manaus, que abrimos nova licitação”, disse.
O prefeito ainda falou sobre a necessidade de uma melhoria no transporte, e aponta que há um projeto em fase final para implantação de um novo modelo para operar na cidade.
“Estamos quase prontos com o projeto do Bus Rapid Transit (BRT) e se as empresas que hoje operam em Manaus, não se adequarem, estarão fora do que pretendemos oferecer muito em breve, para a cidade”, concluiu.