Quase metade das famílias acreanas vive com uma renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo. Segundo reportagem publicada no G1 Acre, a informação consta do relatório “A Criança e o Adolescente nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)” divulgado pela Fundação Abrinq. De acordo com os números, 49,9% da população do estado, ou seja, 402 mil pessoas estão em situação de pobreza.
O levantamento tomou como base o salário mínimo em vigor no ano de 2015, que era de R$ 788. O valor foi a referência para a deimitação da linha da pobreza e comparação da renda em território nacional.
Além do Acre, o Amazonas é outro estado do Norte que também apresenta alto percentual da população vivendo na pobreza, segundo o relatório. No maior estado do país, 46,6% dos moradores vivem com meio salário mínimo per capita, número que supera 1,8 milhão de habitantes.
Ainda de acordo com o G1 Acre, em toda o Norte, o número de pessoas que vivem em pobreza chega a 7,5 milhões de pessoas, número que corresponde a 43% da população.
Para efeitos de comparação, a média nacional de pessoas que vivem com meio salário mínimo é de 27%, segundo a Abrinq.
Pobreza extrema
O cenário para a população em situação de pobreza extrema também é semelhante ao de pessoas que vivem com meio salário. Conforme a Abrinq, no Acre, 19,9% vivem com apenas um quarto do salário-mínimo por mês, somando mais de 160 mil.
Como a renda salarial levada em consideração pelo estudo era de R$ 788, o valor que essas pessoas tinham para se manter mensalmente chegava a apenas R$ 197. Na região Norte, mais de 11 milhões, ou seja, 19,6% vivem com uma renda mensal per capta menor que R$ 200.