O Caso Tucumã: curta-metragem amazonense é selecionado em festival no Paraná

O curta é um processo de construção artística pautada na resiliência do Thiago Morais em fazer o curso de produção audiovisual, somados ao trabalho de Saleyna Borges e Wander Luís

Em 2019, os alunos da Oficina de Produção Audiovisual (OPA), do Museu Amazônico da UFAM, produziram o curta-metragem “O Caso Tucumã”, roteirizado e dirigido pelo facilitador Bruno Pereira, cineasta amazonense que atua no mercado desde 2003. O filme tem 10 minutos de duração e contou com uma produção empenhada, formada pelos próprios participantes da Oficina. O filme foi selecionado para o Festival de Cinema Curta Pinhais – 8º FESTCINE, no Paraná.

O planejamento foi uma das grandes preocupações da equipe, que desde a escolha da história, levou cerca de 45 dias, divididos entre pré-produção, filmagens e finalização. Uma das etapas rigorosamente cumpridas foi a escolha do elenco, pois a história do curta traz personagens com características diversas, envoltas em uma trama dramática, com pitadas de comédia. A equipe, formada pelos alunos foi composta por assistente de direção, diretor de produção, diretor de arte, figurinista, maquiador, preparador de elenco e trouxe, além de Bruno, os produtores amazonenses Wander Luiz e Saleyna Borges, que colaboraram na realização da obra audiovisual.

Foto: Divulgação

 Para a Aluna Andreia Omena participar da equipe do Tucumã foi um presente. “Um processo de descoberta pessoal e início das filmagens do curta foi pra mim algo novo e desconhecido, e poder atuar e ter a direção do Bruno Pereira foi essencial, uma vez que eu nunca tinha atuado. Foi incrível porque tudo fluiu e fluiu porque todos que estavam ali estavam dispostos a fazer a sua parte e acreditaram no filme. No final formamos uma equipe de uma energia linda e que temos prazer de poder compartilhar desse trabalho que foi feito com muito amor. Me senti muito feliz fazendo a personagem no Tucumã e com isso me senti estimulada a buscar mais sobre atuação. Segui para o Rio de Janeiro para a Academia internacional de Cinema (AIC), para fazer o curso de atuação para Cinema e fiz, foi enriquecedor e só me fez querer ainda mais continuar buscando, aprendendo e estudando sobre cinema, atuação …etc. Por fim todos tiveram sua importância na realização do curta, equipe intuitiva, disposta e que acreditou isso não tem preço”, explicou.

O Museu Amazônico foi cenário do filme, tendo sido adaptado para comportar o escritório descrito na história. O espaço que abriga o auditório, recebeu uma cenografia inusitada, que ajuda a narrar o caso de uma jovem senhora que busca ajuda para desvendar um “crime”.

Segundo Bruno Pereira, Diretor do curta-metragem “O Caso Tucumã” é um processo de construção artística pautada na resiliência do Thiago Morais em fazer o curso de produção audiovisual, somados ao trabalho de Saleyna Borges e Wander Luís que orientaram o corpo discente. “E o grupo maravilhoso de pessoas com astral fantástico, que externaram de forma visceral seu talento, criatividade, profissionalismo. Sim, apesar do primeiro contato com a sétima arte, o fizeram de forma singular e hoje começam a colher o fruto de seu dedicado trabalho.”, disse.

A OPA é uma iniciativa do Museu Amazônico, que desde junho de 2018 oferece, gratuitamente, aulas de audiovisual para a comunidade amazonense. Em dois anos de atuação, as oficinas receberam cerca de 230 pessoas, que a cada turma, produziram seus filmes com equipamentos cedidos pela Divisão de difusão cultural do espaço. O responsável pelas atividades é o produtor audiovisual Thiago Morais, servidor da Universidade Federal, que além de coordenar, ministra as aulas, realizadas três vezes por semana nas dependências do Museu. Participante ativo no processo de produção dos curtas, ele comemora a seleção no Festival e torce para que outros filmes também possam ser exibidos para públicos de outros Estados.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

‘Uma noite no museu’: projeto possibilita visitação noturna e gratuita aos museus de Belém

O projeto recebe elogios em decorrência do horário, que facilita o acesso a pessoas que, por conta da jornada de trabalho, têm dificuldade em frequentar os espaços.

Leia também

Publicidade