Laís Rebecca é artista e responsável por cuidar das comidas vendidas na casa, o Marcos Vinícius também artista cuida do café regional que é oferecido todas as manhãs no local, já a Deborah Erê tem um estúdio de tattoo e graffiti onde realiza os desenhos. A ideia da casa é ser um lugar colaborativo, artístico, cultural e independente dentro da periferia, com intenção de mobilizar a comunidade, além da classe artística.
A Casa da Sereia trabalha com um formato de colaboração, espaço onde diversas artes acontecem simultaneamente e com coordenação de atores sociais diferentes. Segundo Deborah, a casa está em construção constante: ” É uma experiência nova, estamos criando isso juntos, mas com muito esforço de cada um, numa perspectiva bem independente, cada um com seu sonho”, declara a artista.
Segundo pesquisa feita pela JLeivaCultura & Esportes, em parceria com o Ministério da Cultura e o Instituto DataFolha, divulgada em abril deste ano, somente 14% da população Manauara frequenta saraus e 23% vão ao teatro. O índice traz uma perspectiva do consumo de arte na cidade.
A cantora e produtora cultural Elisa Maia, que participou da inauguração do local, fala sobre a importância de incentivar a cultura em Manaus, “Eu acho super importante a gente valorizar iniciativas de pessoas que querem consumir arte, trocar ideia. Fomentar um espaço é resistência nas artes. Ainda mais um espaço regido por mulheres, que tem um nome feminino. Precisamos de colaboração para haver mais espaços como esse, pra existir e se manter, é uma estratégia de sustentabilidade, a iniciativa é louvável”, afirma a cantora.O nome foi inspirado na personagem Senhora Sereia, retratada pela Deborah e que pode ser encontrada em diversos muros da cidade, “Eu já trabalho com identidade visual e essa identidade da sereia visualmente é muito forte e a gente achou que era um nome pra galera deixar fixo na mente”, revela Deborah.
A casa da Sereia funciona de segunda à sábado, das 6h às 20h da noite, na rua Almir Pedreiras, 50 – Petrópolis.
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