Vagas são direcionadas à artistas circenses de todo o Brasil; a proposta é movimentar a cena circense no Amazonas.
O projeto, realizado pela Cacompanhia de Artes Cênicas, foi contemplado pela Lei Aldir Blanc. Para participar, basta acessar www.cacompanhia.com, ler o regulamento e preencher um formulário de cadastro, com informações sobre o número que deseja apresentar, portfólio, breve currículo, fotos e link para o vídeo na íntegra, ficha técnica e uma descrição da proposta para análise da curadoria. O resultado, com 15 números selecionados, vai ser divulgado no dia 22 de janeiro.
De acordo com Jean Palladino, idealizador do “Lona Aberta”, o festival vai colocar em evidência o trabalho de artistas circenses nos últimos anos. “Queremos difundir o circo, colaborar com a visibilidade que essa arte vem ganhando e tornar o festival um evento anual, para o Amazonas estar no corredor de festivais de circo no País e que os artistas daqui possam escoar a produção, além do intercâmbio com profissionais de todo o Brasil”, comenta o organizador.
‘Lona Aberta’
Palladino conta que a inspiração para o ‘Lona Aberta’ surgiu em 2017, quando a Cacompanhia participou do Festival de Circo de Taquaruçu, realizado em Tocantins, pela Cia. “Os Kaco”.
“Lá, conhecemos muitos artistas e organizadores de encontros e festivais do País. Foi uma experiência crucial para que a companhia começasse a desenhar o ‘Lona Aberta’, vimos a estrutura necessária, quais as especificidades e formatos mais interessantes, assim como conversar com outros artistas que vivem circulando com seus números por diversos festivais”, lembra Palladino.
Em sua primeira edição, o “Lona Aberta” conta com a parceria do Instituto Sol, que oferece apoio a projetos educacionais, sociais, de incentivo à arte, cultura e esporte.
Entre as atrações confirmadas estão o palhaço Tomate, de Buenos Aires, Argentina; a companhia Nós no Bambu, de Brasília; a cineasta e palhaça Mariana Gabriel, neta da primeira palhaça negra do Brasil; a Cia. Fundo Mundo, formada exclusivamente por pessoas transgêneras, travestis e não-binárias; o Circo di SóLadies, formado por palhaças que pesquisam a linguagem cômica na cena teatral; e a artista Jayne Kira, que realiza um trabalho com tecido acrobático em Manaus.
O projeto conta ainda com coordenação geral de Jean Palladino, coordenação pedagógica de Francine Marie, coordenação executiva de Taciano Soares, produção de Ana Oliveira, coordenação técnica de Carol Calderaro e produção executiva de Kelly Vanessa.
Sobre a Cacompanhia
A Cacompanhia de Artes Cênicas se dedica à pesquisa e produção de espetáculos de circo-teatro em Manaus. Com 3 anos de atividades, tem cinco espetáculos em repertório, participação em importantes festivais e mostras de teatro e circo no Brasil, como Festival Palco Giratório, em Porto Velho/RO, 3º Festival Nacional de Teatro de Passos, Mostra Sesc Cariri de Culturas e 15º Feverestival.
A companhia também já foi contemplada em editais municipais de intercâmbio e circulação. Atualmente tem sua pesquisa voltada à comicidade negra a partir de saberes da cultura popular brasileira e suas raízes negras e indígenas.