Fotógrafo que iniciou carreira em Rondônia expõe fotos de indígenas em São Paulo

São 40 imagens de representantes de etnias de todas as regiões do Brasil.

Gaúcho de nascimento, Luis Pablo Trentin Mack iniciou há cerca de 22 anos a sua carreira como artista plástico e fotógrafo na cidade de Vilhena, sul de Rondônia, onde fez história e contribuiu com a cena cultural. Graduou-se em artes em Uberaba (MG) e, há 12 anos, atua em São Paulo (SP), meca das artes e da cultura brasileiras.

Na próxima sexta-feira (29), Mack inaugura a exposição “Origens” na Unibes Cultural (rua Oscar Freire, 2500). Serão mostradas até 25 de julho 40 fotografias de indígenas brasileiros produzidas no estúdio Passapraka. A curadoria é de Walter M. Ito, crítico e colecionar de obras de artes contemporâneas e internacionais. 

Luís Pablo Trentin Mack lança sua exposição nesta sexta. Foto: JO/Cedida

De Rondônia e a fase experimental do artista até o momento presente — duas décadas depois — Luís Pablo Trentin Mack percorreu uma longa caminhada. Premiado em concursos de fotografias mundo afora, tem um livro publicado — “A cor da viagem”, com 940 imagens produzidas em todos os continentes — e expôs em galerias de arte na Europa. 

Foto: Divulgação

Polivalente, é um “faz-tudo” nas artes: dançarino, cenógrafo, pintor, ator, produtor. Mas, há tempos tem na fotografia sua principal atividade. Estuda e produz o tempo todo. De ensaios em estúdio para editoriais de moda e de marketing passando por coberturas de eventos a expedições pelo mundo com cliques que contam histórias das mais diversas culturas.

A experiência e a formação do fotográfico como artista plástico estão refletidas na beleza e no significado antropológico de todas as suas produções dos anos 2000 até hoje. Inclusive na coleção “Origens” que evidencia o compromisso —que transcende a estética — de Mack com o Brasil profundo: o dos indígenas; mundo ainda tão misterioso aos olhos de quem vive numa megalópoles como São Paulo. O fotógrafo morou na Amazônia — e isso apurou seu olhar e seu amor pelo universo dos povos da floresta e toda a sua exuberância visual, tão plural e relevante culturalmente. 

Foto: Divulgação

Os indígenas mostrados na exposição são de diversos estados: do Rio Grande do Sul ao Amazonas, passando por São Paulo (sim, há índios na Pauliceia Desvairada), Maranhão, Acre e Pará, totalizando cerca de 15 etnias. 

Premiado 

O GuruShots é o maior site de fotógrafos da atualidade, que já superou a barreira do mundo digital criando exposições no mundo real com as fotos vencedoras de seus concursos em galerias de arte em vários países. O portal conferiu dois prêmios a Luís Pablo como melhor fotógrafo. Ele já tinha seu nome indicado como um dos cem melhores do mundo pela 35° awards de 2017 concorrendo com 257 mil profissionais de vários países. 

O indígena Garua Mehinako, da etnia Mehinako, do Xingu (MT). Foto: Divulgação

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