Exposição Fotográfica revela a biografia da primeira pianista do Amazonas

‘Se Este Piano Falasse’ – Um conto sobre Celeste Ramos é um projeto idealizado pelo fotógrafo e artista visual Amazonense Tácio melo com contemplação no edital- prêmio “Conexões Culturais” (2017) pela Fundação Municipal de Cultura,Turismo e Eventos- Manauscult, inspirada na vida e obra da primeira pianista do Estado do Amazonas. A exposição ficará disponível para visitação no Museu da Imagem e Som (Misam) que pertence aoPalacete Provincial,localizado na Praça Heliodoro Balbi (popularmente conhecida como praça da Polícia) no centro de Manaus, a partir do dia  25 de abril, com abertura oficial às 10h00 da manhã.

O projeto tem como base as pesquisas do pelo artista sobre a inédita biografia da primeira pianista do Amazonas com recortes  de jornais e fotografias da época, além de um total de vinte e oito fotografias produzidas em parceria com as fotógrafas Selma Maia e Gisele Gomes e  participação da atriz, cantora e bailarina Evelyn Félix que representa a pianista Celeste Ramos e curadoria do artista, professor e pesquisador Otoni Mesquita.

No dia da exposição, uma mesa redonda será formada pelo idealizador e produtor artístico e executivo do projeto, Tácio Melo com fotógrafos convidados para compartilhar a experiência sobre a produção fotográfica e processo criativo assim como um bate papo sobre a história da obra da primeira pianista do estado do Amazonas, irmã da violinista Ária Ramos que foi assassinada em 1915 em um baile de  carnaval em Manaus e que também já foi tema de exposição do artista em 2016 com sucesso de visitação e repercussão na cidade.

Além do edital “Conexões Culturais” da Manauscult que viabilizou a produção e realização da exposição, o projeto também recebe o apoio do Museu da Imagem e Som do Amazonas (Misam) por meio do Núcleo de Fotografia e Vídeo do Amazonas –NFVA.

                                                                                                                                            
Produção

Para representar a pianista, Tácio Melo convidou a atriz, cantora e bailarina Amazonense, Evelyn Félix.

A réplica de um piano de cauda em madeira construído pelo artesão Márcio Thomaz compõe o cenário de grande parte das fotografias que foram realizadas na praça do Largo de São Sebastião, Praça Dom Pedro II- Centro Histórico, Biblioteca Pública do Estado do Amazonas e Museu Casa Eduardo Ribeiro todos localizados no centro de Manaus.

O figurino rústico de época com fino acabamento criado pelo artista Arnaldo Barreto, traz cores frias e referências e traços que simbolizam o  período de carnaval de época em contraste com a crise da borracha dando originalidade à personagem Celeste Ramos interpretada pela atriz e modelo Evelyn Felix que posou durante dois dias de trabalho para as lentes dos fotógrafos do projeto. O trabalho do cabelo e maquiagem, ficou por conta da design de moda e makeup Ana Paula Simões.

No geral, foram quatorze pessoas diretas envolvidas no processo de produção do projeto, incluindo motoristas com carro frete para transportar o piano, ajudantes, auxiliar de iluminação, vídeo maker, auxiliar de maquiagem e suporte para os equipamentos fotográficos.


A pianista

Celeste Ramos era filha de mãe Brasileira e pai Português, nasceu em Portugal, mas morava em Manaus e mesmo antes da inauguração do teatro Amazonas, em 1896, ela já dava seus primeiros passos na música clássica.

A vinda do pai para Manaus, por conseqüência da riqueza do ciclo da borracha deu a jovem grandes privilégios para sua desenvoltura na música e nas artes. Porém com a crise da borracha e conseqüentemente com a morte da irmã, Ária Ramos, assassinada no baile de carnaval de 1915, motivou a pianista a ir embora da cidade no ano de 1917 fazendo com que seu melhor amigo, ‘’o piano’’, fosse leiloado dias antes de sua partida que foi sentida por todos artistas e amigos que ainda permaneceram tentando a vida na capital amazonense.

Celeste Ramos na época, além de tocar piano, tocava harpa e violino e participou de diversos saraus em Manaus, Rio de Janeiro e em outros países.

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O projeto contou com 44 alunos, que aprenderam desde a concepção de ideias e roteiros até a produção, captação e edição de vídeos, utilizando apenas celulares.

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