Com lançamento online, a obra do Grupo Haru passa pelos maiores problemas ambientais atuais causados por irresponsabilidade humana através de coreografias, tecido acrobático e acroyoga
O que estamos plantando hoje? Esse é o questionando que o Grupo Haru aborda com o espetáculo “SOS Amazônia”, que vai ao no dia 29 de novembro no canal do Youtube (Grupo Haru). Com danças coreografadas, tecido acrobático e acroyoga, a tragédia dos maiores desastres ambientais atuais é colocado em questão trazendo uma reflexão sobre a ação humana na natureza.
“Queremos promover um novo pensamento para população diante dos problemas ambientais, e a partir disso nos reinventar e vislumbrar novos horizontes para que possamos evoluir e deixar velhos hábitos para trás. Revendo conceitos, buscando alternativas de ser melhor e de fazer melhor, por nós mesmos e pelo mundo. Afinal, só evoluímos de fato se pensarmos no coletivo e no impacto de nossas atitudes no ambiente em que vivemos, também como na natureza, já que fazemos parte dela”, relata a trupe.
A companhia também informa sobre a importância da peça para o público: “damos um choque de realidade nas pessoas a partir das performances artísticas da obra, tudo isso é para tornar visível que precisamos tomar uma postura diante de tantos acontecimentos gerados pela falta de cuidado e de consciência da própria população”.
O Espetáculo
A obra aborda alguns dos problemas ambientais mais recentes como alagamento, poluição das ruas e as queimadas. Representados através da música e coreografias, na tentativa de deixar visível a importância da conscientização humana para evitar as diversas catástrofes. Dividido também em atos que simbolizam os quatro elementos (fogo, terra, ar e água) as coreografias demonstram o impacto que a natureza vem sofrendo.
“Durante o espetáculo falamos sobre os problemas mais recentes divulgados na mídia e os mais comuns. Diante de todos esses assuntos pertinentes ao meio ambiente, destacamos as queimadas e o desmatamento. Durante o ato ‘fogo’ tentamos mostrar, por meio das coreografias, reflexões durante a construção de experiências reais. Escolhemos o repertório musical da região para representar essas catástrofes, aumentando a riqueza dos significados e representações de conceitos sobre o tema apresentado”, comentou a organização.
Arte e Meio Ambiente
A poluição é um fato que só agrava com o passar dos anos, o grupo Haru promove que cada pessoa é responsável individualmente por ter uma postura mais cuidadosa com meio ambiente, caso contrário as consequências podem ser irreversíveis no futuro.
“O projeto nada mais é do que um alerta acerca dos cuidados com a natureza, e das inúmeras consequências por falta de consciência de alguns, por isso devemos tomar novas posturas e sermos agentes de mudança no que se diz respeito a esse cenário”, diz o Grupo.
Por isso o meio escolhido para transmitir essa mensagem foi através da arte, já que na sua essência ela pode nos proporcionar uma transformação de sociedade. “Somos um grupo com muitas bagagens artísticas adquiridas em anos de experiências, resolvemos mesclar um pouco da aprendizagem de cada um para abrilhantar ainda mais nosso espetáculo. Dentre todas as artes e seus conhecimentos escolhemos a dança, a arte circense e a acroyoga, deixando assim a identidade e a essência de cada artista que compõe o Grupo Haru”, afirma Ariel Kuma, responsável pela produção do espetáculo e atualmente coordena o Espaço Kuma Yoga Criação.
Além dos palcos
O projeto foi criado afim de levar a arte para as comunidades mais afastadas de Manaus, porém devido a pandemia a solução foi tornar o espetáculo em formato digital.
“Os ensaios aconteceram em dois momentos, antes da crise sanitária de saúde, nos reunimos para ensaiarmos juntos as coreografias no tecido circense e em outros dias cada um ensaiava só. Com a COVID-19 tivemos que nos isolar e paramos todos os ensaios até recebemos um e-mail da ManausCult nos avisando que podíamos transformar nosso espetáculo que antes seria presencial, em forma digital. Após processo de aprovação retomamos os ensaios e uma das artistas cedeu seu espaço de arte (Centro de Artes Marcia Costa) para os ensaios, o que nos ajudou muito”, comentou a diretora Ayla Taynã.