Turistas e cidadãos em geral já tem um lugar onde possam encontrar peças do artesanato regional. O que é melhor ainda, diretamente das mãos do artesão. O local é a Orla do Porto, na réplica dos Casarões antigos, todas as sextas-feiras das 16h às 22h.
O espaço foi viabilizado por meio de uma parceria do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e a Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Cultura. E, segundo a Associação da Orla do Porto, responsável pela organização da feira, haverá novidades na programação em breve.
“Estreamos o projeto na sexta-feira passada em meio ao feriado de 7 de setembro, oportunidade em que muitos eventos aconteciam na cidade. E nos surpreendemos, o público prestigiou a exposição dos 48 participantes. Para este final de semana o número de artesãos subiu para 53”, revelou o presidente da Associação da Orla do Porto de Cuiabá, André Toledo, que também expõe seus trabalhos a base de madeira.
André faz brinquedos educativos ou pedagógicos. Na verdade, são meios que ele encontrou para brincar com a imaginação tanto da garotada como dos adultos.
“São artesãos de diferentes locais o que faz do projeto uma grande oportunidade. De Tangará da Serra, produtos de madeira. Várzea Grande vem representada pela tecelagem (redes) e cadeiras de urubamba. De Cuiabá, as cerâmicas de São Gonçalo Beira Rio. De Poconé e Nossa Senhora do Livramento, os doces regionais e bananas fritas, tudo feito pelos artesãos e comunidades, como a Mata Cavalo e Capão Verde, que tiram o sustento do que produzem”, frisou a coordenadora do Artesanato Mato-grossense Lourdes Josafá Sampaio.
A partir da próxima semana, ou seja, sexta-feira (22), haverá um artesão produzindo ao vivo seu trabalho. Uma oportunidade de conhecer o que um artesão enfrenta para elaborar sua arte que encanta o olhar dos observadores. Quem conhece sabe que se trata de habilidades acompanhadas de paciência e muito amor pelo artesanato.
Curadoria
O espaço na Orla do Porto está aberto para mais artesãos. No entanto, é preciso fazer parte da Associação da Orla do Porto de Cuiabá, que foi criada para abrir espaço e valorizar aquele que realmente produz o seu artesanato, ou seja, evitar atravessadores na comercialização.
“Tem pessoas que compram o artesanato pra vender, portanto não são artesãos. Essas não integram a Associação da Orla do Porto de Cuiabá e nem expõem nas sextas-feiras no projeto. Estamos trabalhando para conscientizar o nosso artesão de que ele precisa valorizar o seu trabalho e vender, pois seu lucro será maior”, explicou André Toledo.
É com esse foco que a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, por meio da Coordenadoria do Artesanato Mato-grossense, faz o trabalho de curadoria, de fiscalização da exposição na Orla do Porto.
“Na Orla não tem intermediários, só quem faz. Queremos transformar o espaço numa vitrine do artesanato regional”, explicou Lourdes Sampaio.