Cartunista Samuel de Goes lança livro em Manaus

A tristeza é tema central do livro ‘O que era nuvem ficou chuva/ o que era seco ficou despedaçado’ que será lançado nesta sexta-feira (7), às 19h30, na loja de arte colaborativa ‘Jogo de Nós’, localizada na Rua Rio Içá, 1012, Conjunto Vieiralves, próximo à esquina com a rua Amapá. O autor do projeto, o quadrinista/cartunista, Samuel de Goes, falou sobre a criação da obra e fez um panorama do mercado de quadrinhos no Amazonas

Capa do livro de Samuel de Goes. Foto: Reprodução
Segundo Goes, a paixão pelos quadrinhos surgiu ainda na infância. Ele fez vários cursos para aperfeiçoar os traços e contou com o apoio dos pais. “Desenho desde criança e meus pais sempre me incentivaram a continuar fazendo o que me faz feliz. Eu sou um cara timido, então isso foi um bom atalho social nas escolas. Também fiz cursos, mas é importante que o cartunista desenvolva a personalidade do próprio traço e não se prenda a regras que existem nas escolas de artes”, contou.

A obra ‘O que era nuvem ficou chuva/ o que era seco ficou despedaçado’ nasceu de uma série de tiras e cartuns produzidos por Goes entre 2014 e 2015. “Confirmei a minha participação de última hora no Festival Internacional de Quadrinhos 2015. E tinha poucos dias para produzir algo, decidi focar em uma coletânea temática. Percebi que a maioria das tiras que eu havia acumulado era sobre tristeza e investi na ideia”, revelou o artista.

Samuel aperfeiçoa os traços desde a infância. Foto: Reprodução
O livro de Goes reúne 40 páginas e 30 tiras/cartuns. O projeto conta com prefácio da quadrinista Thaïs Gualberto (Folha de São Paulo) e revisão de Larissa Pollari. É uma das primeiras publicações com o selo ‘QUADRILHA’, formada pelos autores paraibanos samueldegois, Thaïs Gualberto e Igor Tadeu. Além do livro de lançamento, poderão ser encontrados outros produtos e quadrinhos relacionados ao autor, como as revistas sanitário 1 e 2, a coletânea Fronteira Livre e pôsteres.

Goes que é natural de João Pessoa, na Paraíba, diz admirar o trabalho com artistas do Amazonas e sempre que pode acompanha os trabalhos dos colegas. “Muitos deles fazem material para jornal, outros produzem para fora. Existem projetos coletivos bem legais também, como o pessoal do ’99 Balões’, ‘Pupa Piarata’, entre outros. Mas fazer quadrinhos no Brasil de um modo geral é uma atividade difícil, devido ao pouco reconhecimento e retorno financeiro. As Regiões Norte e Nordeste sofrem mais com isso, principalmente por causa da distância com os grandes centros e eventos”, contou.

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