“Uma jóia do Amazonas, do Brasil e do mundo que interessa”. Foi assim que Caetano Veloso descreveu o artista plástico amazonense Óscar Ramos, que morreu nessa quinta-feira (13), aos 80 anos, em Manaus. O cantor publicou em suas redes sociais, nesta sexta-feira (14), capas de seus álbuns autorais que foram criadas pelo amazonense.
“Morreu ontem Óscar Ramos, grande designer, grande artista, grande amigo e parceiro, co-autor (juntamente com Luciano Figueiredo) das capas de #AraçáAzul e de #CoresNomes e autor da de #Uns – portanto, a quem devemos a marca UNS de nosso escritório e de nossas redes sociais”, declarou.
Caetano também ressaltou que Óscar Ramos foi responsável, ainda, por capas de álbuns de Gal Costa e Gilberto Gil. “Impossível esquecer Óscar Ramos”, finalizou o cantor.
O artista plástico Óscar Ramos estava internado desde o dia 5 de junho no Hospital Beneficente Portuguesa, onde deu entrada com quadro de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele morreu na manhã dessa quinta-feira, aos 80 anos. A Prefeitura de Manaus decretou luto oficial por três dias.
Biografia
Nascido em Itacoatiara, interior do estado do Amazonas, distante a 269 quilômetros de Manaus, Óscar Ramos foi um dos principais nomes das artes visuais no Brasil, tendo, inclusive, realizado trabalhos com grandes nomes da música brasileira, assinando capas de discos de Caetano Veloso, Maria Betânia, Gilberto Gil e Gal Costa, por exemplo, além de trabalhos premiados no exterior.
Em 2018, Óscar foi homenageado com a exposição “Poemas Visuais e Retrospectiva”, que reuniu obras de diferentes períodos da carreira do artista. Antes de ser internado, Óscar desenvolvia projetos de curadoria no Museu da Cidade de Manaus, no Paço da Liberdade.