Natureza do Lavrado, em Roraima, serve de inspiração para obra de Edinel Pereira

Artista plástico retrata a flora, os buritizais, a natureza e a miscigenação roraimense

A flora, os buritizais e a natureza do lavrado são fonte de inspiração para o artista Edinel Pereira, contemplado pelo prêmio Anísio Fernandes de Artes Visuais do governo de Roraima, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), com recursos provenientes da Lei Aldir Blanc. Segundo ele, Roraima é um estado com muitas misturas culturais, o que proporciona vários desafios para o artista.

“Sempre foi um desafio. Todo dia eu estou pintando. Quando estou pintando um quadro, já me surge a ideia para realizar outro. Eu fiquei muito honrado de ser premiado em dois lotes e isso foi muito gratificante, porque os artistas estão passando por dificuldade durante a pandemia. Chegou na hora certa. Fico triste porque muitos artistas antigos e novatos não foram contemplados. Os artistas querem produzir, mas financeiramente é muito difícil”, relata.

De acordo com o secretário de Cultura, Shérisson Oliveira, o momento é de receber as obras contempladas pelos editais da Lei Aldir Blanc. “Nós, da secretaria, buscamos subsídios para atender à demanda da melhor forma dentro do que foi repassado da Lei Aldir Blanc. Com a entrega de produtos culturais de grandes artistas locais, como esta do artista plástico Edinel, é enriquecedor para a população, que em breve terá um excelente material de qualidade para contemplar o belo trabalho da arte roraimense”, enfatiza.

Foto: Anderson Vieira/Divulgação

Quem é Edinel Pereira

Nascido no município de Mucajaí, filho de agricultores, Edinel Pereira teve uma infância pobre. A arte teve início em sua vida como brincadeira de criança. Nessa época, seus brinquedos eram todos feitos com materiais que encontrava pelo chão. Entre seu acervo artístico, materiais como discos de vinil, areia, telhas, tijolos e papelão se transformam em peças que contam um pouco sobre a história e a beleza da miscigenação roraimense.

Segundo Edinel, ele demorou a se intitular como artista, primeiramente por não ter começado suas obras em telas. “Eu não tinha contato com telas, desenhava com carvão e pedras, entalhava madeira e criava com areia”, explica.

Além de artes plásticas, ele produz enfeites florais para casamentos, festas de aniversário, eventos empresariais, entre outros. O artista faz, ainda, esculturas de frutas e ministra cursos e oficinas em comunidades carentes e escolas na capital. “Além de fazer arte, é preciso ensinar arte. Gosto de passar adiante o que aprendi e incentivar novos artistas locais”, ressalta.

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