Com um roteiro que mexe com os sentimentos da plateia, o musical, que tem na direção cênica Matheus Sabbá e texto de Thaís Vasconcelos
A partir deste fim de semana, “A Caixa Mágica do Natal” entra na reta final da temporada no Teatro Amazonas. Até 23 de dezembro, quando acontece a última apresentação, o público tem nove sessões para conhecer a história de uma criança que descobre o ressignificado do Natal após perder a mãe. O acesso é gratuito, e o agendamento vai ser realizado a partir das 15h desta quinta-feira (17), pelo Portal da Cultura e pelo site do Teatro Amazonas.
Com um roteiro que mexe com os sentimentos da plateia, o musical, que tem na direção cênica Matheus Sabbá e texto de Thaís Vasconcelos, traz para o palco um mundo de imaginação e ilusão, onde seres místicos e personagens consagrados do Natal ganham vida e tudo pode acontecer.
“A criação dos figurinos para ‘A Caixa Mágica do Natal’ foi um grande desafio. Ao desenvolver figurinos para um musical precisamos lembrar que os intérpretes, além de contar a história, também cantam e dançam, e o figurino tem papel fundamental para ajudar a entender os personagens e a trajetória de cada um deles na narrativa do espetáculo”, afirma a figurinista Melissa Maia, que ganhou o 20º Prêmio Cenym de Teatro Nacional na categoria de Melhor Figurino.
“Para entender e criar esses dois mundos, do real e do mundo mágico do Natal, em conjunto com a cenografia, foi preciso nos debruçarmos em uma pesquisa histórica. O figurino é um mix de tempo e traz referências dos séculos XVIII e XIX, mas nos permitimos uma liberdade poética que convida a plateia para viver essa história com a gente”, acrescentou Melissa.
Segundo Melissa, a produção do figurino aconteceu em tempo recorde: 45 dias para criação, compra de materiais e confecção. Ela conta que o processo foi todo desenvolvido no ateliê de costura da Central de Produção Técnica (CTP), da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, e confeccionado por 35 profissionais amazonenses.
“Foram mais de 355 quilos de material, entre tecidos, aviamentos e 500 mil pedras de cristais usados na confecção das mais de 300 peças de figurino, algumas das quais precisaram ser envelhecidas com minuciosas técnicas de tingimento”, comenta a figurinista. “Para o guarda-roupa do espetáculo, utilizamos 60 pares de sapatos, perucas e adereços nas mais variadas formas e tamanhos”.
Melissa destaca que o espetáculo convida o público para conhecer um novo lugar, chamado o País do Natal, que é cheio de surpresas e efeitos, todo conjunto que mexe com o imaginário, com seres místicos como fadas e duendes.
“Para mim, é uma grande honra ter dado vida a esses personagens que fizeram parte da minha infância, e é um legado que deixamos para as nossas gerações, para nunca deixarmos de sonhar e acreditar nos nossos sonhos”, afirma.
Melhor Maquiagem
Na criação de maquiagem e visagismo, contemplada no 20º Prêmio Cenym de Teatro Nacional como Melhor Maquiagem, Eugênio Lima também buscou criar uma identidade específica para cada personagem. Segundo ele, para uma equipe de seis colaboradores, o processo de execução da maquiagem para cada sessão de “A Caixa Mágica do Natal” leva, em média, de 30 a 35 minutos para cada personagem.
“Visamos uma característica própria dentro do processo de criação artística, adaptando o trabalho que coubesse na estrutura de cada ator, levando em consideração que o musical tem dois elencos com os mesmos personagens”, explica o profissional.
“As maiores variações são conforme a criação entre o lúdico e o real, utilizando estruturas e símbolos específicos de cada personagem. O visagismo contou muito com a criação cênica da direção, figurino, cenário e iluminação para que tivesse sua própria identidade, contextualizando o todo e se tornando um acessório importante para identidade de cada personagem caracterizado em cena”, acrescentou.
Premiado
“A Caixa Mágica do Natal” ganhou três categorias do 20º Prêmio Cenym de Teatro Nacional: Melhor Figurino, Melhor Qualidade Técnica e Melhor Maquiagem, no mês de novembro, e venceu na categoria Musical Norte, por voto popular, na segunda edição do Prêmio Brasil Musical, em março.
Em 1h20 de duração e embalado por uma trilha sonora com clássicos de Natal e referências pop, o espetáculo faz uma viagem lúdica pelo universo natalino. A nova montagem do espetáculo conta com a Amazonas Filarmônica e Coral do Amazonas, Corpo de Dança do Amazonas, Balé Folclórico do Amazonas e Coral Infantil do Liceu Claudio Santoro, em formações reduzidas. A direção musical é do maestro Marcelo de Jesus.
Programação
• Quinta (17/12) e sexta-feira (18/12): 20h
• Sábado (19/12): 11h e 20h
• Domingo (20/12): 11h e 19h
• Dias 21, 22 e 23/12 (segunda, terça e quarta-feira): 20h