Aprendemos desde cedo que ter dívidas é algo extremamente ruim, além do pagamento de juros, na maioria das vezes, existem inúmeros constragimentos com cobranças e todos os custos de ter uma restrição em nosso CPF (claro, se a dívida estiver fora de controle, em inadimplência).
A pergunta de hoje é: vale a pena empreender estando com a conta no vermelho?
Interessante pensar em primeiro lugar que, para boa parte dos brasileiros, empreender foi a saída dos problemas financeiros. O famoso empreender por necessidade.
Existe uma estratégia de testar negócios chamada de “Minímo Produto Viável” que é a menor forma possível de lançar um produto/serviço envolvendo o mínimo de esforço e de custos de desenvolvimento. Ou seja, testar a ideia sem necessitar de grandes quantidades de dinheiro, estrutura e tempo.
Essa pode ser a principal solução para quem quer empreender (independente do motivo) e não tem as melhores condições para isso.
A situação financeira não necessariamente se torna um problema. Obviamente, para quem quer ter acesso à alavancagem operacional, a situação de credibilidade junto aos órgãos de proteção de crédito passa a ser um pré-requisito.
Dependendo da situação econômica familiar, empreender vira a única opção viável para a sobrevivência. E esse caminho reforça a necessidade/importância de escolher bem as opções referente ao negócio em si.
Não se assuste, no Brasil várias pessoas estão nessa situação. É até difícil encontrar empresários que estejam completamente confortáveis com a situação. Inclusive, esse “inquietamento” deve ser uma característica das mentes empreendedoras. Sempre buscando algo a mais.
Para pavimentar esse caminho para empreender com o saldo negativo, se torna essencial pensar bem no planejamento, afinal de contas se a situação financeira já se encontra preocupante, ela tende a piorar com escolhas erradas.
Empreender é uma maratona, não dá para ficar pensando que é um sprint de 100m e sair queimando etapas.
Gastar tempo pensando no negócio e como estruturar para quem ele possa ser testado ajuda muito no começo. Com a evolução disso, a gestão financeira passa a ser primordial, principalmente para não misturar as contas (pessoa física e pessoa jurídica).
Avalie as possibilidades, o que pode ser feito com menos e como atingir mais pessoas. Esses fundamentos são absolutamente importantes para todo negócio em construção.
Algumas áreas que podem abrir portas com custos mais baixos: alimentação, transporte, confecções e prestação de serviços (pense em soluções).
Dizem que os boletos sempre vencem e que, hoje, já se trata da maior franquia no Brasil. Piadas a parte, use isso para impulsionar o seu negócio.
Com o nome sujo ou não, esse é o jeito baré de empreender.