Gig economy: oportunidade ou precarização dos modelos de trabalho?

Antes de tudo, Gig Economy é uma expressão em inglês usada para caracterizar um mercado de trabalho mais flexível, voltado à cultura freelancer e/ou de “bicos”. Poderíamos até dizer que tal mercado já existe no Brasil há muito tempo. 

Afinal de contas, quem nunca se pegou pensando em fazer um bico, contratou alguém que estava apenas fazendo um bico ou conhece alguém que começou fazendo bicos antes de ter um negócio especializado nisso? 

A reforma trabalhista em nosso país começou a trazer luz para esse mercado, com a tentativa de flexibilizar alguns aspectos na contratação e execução de alguns trabalhos, porém ainda precisamos de algo mais tangível para dizer se essas mudanças foram válidas ou não. 

Muitos se questionam sobre a precarização das relações de trabalho, sobre a exploração de pessoas em necessidade e da cultura em desmerecer atividades fins.

De qualquer forma, a cultura do bico é um dos nossos patrimônios, em diversos momentos já comentei sobre o empreendedorismo por necessidade e quando falamos de bicos, essa necessidade está ali latente. 

Ao redor do mundo, a Gig Economy tem sido um dos maiores condutores nessa revolução das relações de trabalho e na percepção de geração de novos negócios e autonomia na escolha de caminhos para seguir. Embora muito relacionada às áreas de tecnologia e marketing, podemos encontrar relatos sobre a ponte entre a Gig Economy e diferentes tipos de trabalho como: transporte de pessoas, artesanato, fotografia, prestação de serviços e outros. 

Ainda é preciso uma maior maturação em torno desse tema, mas vejo alguns aspectos que podem se tornar positivos e, de fato, permitir uma saída para a crise econômica em que nos encontramos. 

Algumas dicas sobre o que fazer para se dar bem na cultura do bico:

1) Foque em trazer soluções e praticidade: Aqui falo como experiência própria, quando você oferece uma solução seja para lavar um carro, fazer a manutenção de um veículo (ou outro item), transporte de passageiros ou ainda gestão de redes sociais, pense na desburocratização desse processo todo. As pessoas estão cada vez mais estressadas e se preocupando em não perder tempo.

2) Gere valor e fidelize os seus clientes: Qualquer negócio deveria ter como missão a fidelização de clientes e buscar a satisfação plena através da geração de valor, ou seja, entregar mais do que o esperado. Vários estudos já mostraram que é mais barato fidelizar clientes do que atrair novos.

3) Desenvolva habilidades que tornem o seu serviço cada vez mais completo: Mesmo que a sua atividade envolva “apenas” uma pessoa do ponto A ao B, pense em diferentes coisas que podem estar vinculadas a esse trajeto e a execução de diferentes serviços interligados.

Cuide bem das suas finanças. Infelizmente muita gente acaba se empolgando com a ideia de ganhar dinheiro todo dia e esquece da organização financeira. Em pouco tempo já sente o impacto disso e fica a sensação de que o dinheiro recebido evaporou.

4) Invista tempo na sua rede de contatos: Conhecer novas pessoas é uma excelente ferramenta de expansão e evolução de qualquer negócio. 

O mundo está em constante mudanças, cada vez mais precisamos nos adaptar às diferentes realidades. 

Esse é jeito baré de empreender.

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