Empreender vem do berço?

Não posso dizer que cresci em um lar empreendedor. Não lembro em que momento da minha vida eu ouvi alguém dizer a primeira vez “meu pai tem uma empresa”. Talvez a lembrança mais próxima e racional que consigo realmente recordar já foi na faculdade de administração quando alguns colegas responderam que escolheram o curso para aprender a tocar os negócios da família. 

Nessa época, eu era funcionário de um banco e já começava a ter contato com diferentes tipos de empresas, de gestões e estratégias de negócios. Mas, até então, não havia despertado em mim o desejo pelo empreendedorismo.

Será que crescer em um ambiente mais propenso ao empreendedorismo ajuda nas escolhas profissionais e em abrir um próprio negócio? 

Partindo pela observação no dia-a-dia, percebo que sim, um ambiente mais estimulador tende a criar o desejo e a vontade em seguir os mesmos passos. Mesmo que sejam difíceis e, nem sempre, de momentos estritamente positivos. 

Talvez as lições implícitas de correr risco e agarrar as oportunidades catalisem um desejo maior em seguir por esse caminho. Além desse lado, existe um outro fator que pode explicar o porquê de uma predisposição ao empreendedorismo. 

Esse é o gene DRD4 que possui diferentes variações. Mas é frequentemente associado à curiosidade e a tendência de correr riscos. E que, dependendo do ambiente, pode levar a diferentes estímulos, bons ou ruins. 

O DRD4 está presente em 20% da população mundial. Claramente, não é a única coisa que leva um indivíduo a empreender. Mas ajuda a explicar o motivo que leva inúmeras pessoas a trocar uma situação profissional mais estável pelo empreendedorismo. 

Afinal de contas, existem tantas outras aptidões, habilidades e competências que devem ser desenvolvidas, que uma predisposição genética não justificaria e nem explicaria como vários negócios se perpetuam no tempo. 

Criatividade, organização, planejamento, resiliência, networking e muitas outras características podem estar mais presentes em nossas vidas. E todas essas podem ser pontos de atenção em nossas dinâmicas de aprendizado. 

Não vou sugerir que você faça um teste de DNA para descobrir se esse gene é forte em você. Mas, um gene não pode ser a única coisa que te ajuda a empreender. 

Que influências você recebeu para querer empreender? 

Acredito que sejamos resultado de várias influências diferentes. Esse é o jeito baré de empreender.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

O interior de Rondônia não valoriza seus museus

Prédios abandonados e fechados à visitação pública.

Leia também

Publicidade